domingo, 6 de julho de 2014

Agressão de Policia Israelita a adolescente Americano

EUA “PROFUNDAMENTE PERTURBADOS” COM AGRESSÃO DE POLÍCIA ISRAELITA A ADOLESCENTE AMERICANO

6 Julho, 2014

Família Abukhdeir

Tariq Abu Khder, o jovem palestiniano agredido pela polícia israelita

Tariq Abu Khder, o jovem palestiniano agredido pela polícia israelita

Os Estados Unidos mostraram-se hoje “profundamente perturbados” com as notícias que dão conta que um adolescente norte-americano terá sido “brutalmente agredido” pela polícia israelita, numa altura em que aumentou a tensão entre Israel e a Palestina.

Os pais de Tariq Abu Khder, um adolescente de 15 anos, primo do jovem palestiniano morto no início desta semana, disseram à Agência France Presse (AFP), que o seu filho foi preso em Shafat, depois de ter sido espancado na quinta-feira, pela polícia, durante umas férias naquela zona.

A porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Jen Psaki, afirmou que os Estados Unidos “condenam veementemente qualquer uso excessivo da força”, referindo-se ao alegado espancamento do adolescente. Há três dias consecutivos que ocorrem confrontos entre palestinianos e as forças de segurança de Israel.

U.S. Department of State / Flickr

A porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Jen Psaki, com o Secretário de Estado, Jim Kerry

A porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Jen Psaki, com o Secretário de Estado, Jim Kerry

Os confrontos foram motivados pela morte do primo de Tariq, Mohammed Abu Khder, de 16 anos, que foiqueimado vivo, depois de ser sequestrado, segundo os primeiros relatórios da autópsia divulgados hoje pelos meios de comunicação social da Palestina.

Os palestinianos acreditam que Mohammed Abu Khder foi assassinado como vingança pelo rapto, a 12 de junho, no sul da Cisjordânia, e assassinato de três adolescentes israelitas. Israel acusa o Hamas de ter sequestrado e assassinado os três jovens, mas o grupo islâmico nega as acusações.

A porta-voz do Departamento de Estado norte-americano confirmou que Tariq ainda está detido em Jerusalém, tendo já sido visitado por um representante do consulado norte-americano da capital declarada de Israel.

“Estamos profundamente perturbados com os relatos que dão conta de que Tariq foi brutalmente agredido enquanto estava detido”, refere um comunicado hoje divulgado pelo Departamento de Estado, assinado por Jen Psaki. Os Estados Unidos, refere a mesma nota, “pedem uma investigação célere, transparente e credível e a responsabilização por qualquer uso excessivo da força”.

Nos últimos dias aumentou também o lançamento de ‘rockets’ sobre Israel, a partir da Faixa de Gaza, aumentando o receio de uma escalada de violência com o movimento islamita Hamas, que controla aquele enclave.

“Reiteramos a nossa preocupação com o aumento dos incidentes violentos e apelamos a todas as partes para que tentem restaurar a calma e evitem provocar danos em inocentes”, pode ainda ler-se no comunicado.

No Youtube foi partilhado um vídeo no qual é possível ver-se o que parecem ser polícias israelitas a baterem e pontapearem uma pessoa algemada e semi-inconsciente, que alegadamente será Tariq, antes de a levarem para outro local.

Os pais de Tariq, que o viram num hospital israelita, afirmaram ter-lhes sido dito que o filho foi preso por estar mascarado.

O porta-voz da polícia israelita, Luba Samri, não soube confirmar se seria Tariq no vídeo divulgado no Youtube, mas confirmou que as imagens são da detenção de um grupo de seis palestinianos, do qual Tariq fazia parte. O ministro da Justiça de Israel, por outro lado, disse que o vídeo está a ser investigado.

Luba Samri diz que Tariq, que atacou polícias e resistiu à detenção, tinha na sua posse uma funda.

O porta-voz afirmou ainda que os outros jovens tinham atirado pedras e cocktails Molotov, tendo ferido seis agentes. Tariq deverá ser ouvido num tribunal de Jerusalém no domingo.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

CASCAIS

MAIS DE 500 MIL EM CASCAIS PARA VER OS AVIÕES

 

Canal C Cascais

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Mais de 500 mil pessoas são esperadas na Baía de Cascais, entre esta sexta-feira e domingo, para assistir à NOS Air Race Championship, uma corrida de aeronaves inédita em Portugal, que conjuga a competição com o espetáculo acrobático.

A ideia foi proposta por Nuno Moleirinho e Sérgio Teixeira que, depois de terem presenciado o espetáculo em Reno, nos Estados Unidos, decidiram trazer o projeto para Portugal.

“Há grandes expetativas, temos pilotos fantásticos, internacionais, com muita experiência e que vão abrilhantar a Baía de Cascais”, afirmou Nuno Moleirinho à agência Lusa, sublinhando que a intenção é levar o projeto a toda a Europa.

A competição traduz-se numa corrida de oito aviões ao mesmo tempo numa pista oval entre a Praia do Tamariz e a Marina de Cascais.

O circuito será delimitado por infraestruturas próprias a 25 metros do mar e que as voltas, num total de dez, serão “muito rápidas e com muita adrenalina”.

Numa primeira fase, correm quatro aviões de cada vez que serão cronometrados e uma superqualificação, em que dois aviões correm em simultâneo.

No final, serão contabilizados os melhores tempos e a corrida de acordo com uma grelha final, em que os aviões partem alinhados e à frente vai o que teve melhor tempo.

A competir estarão duas classes de aviões: a classe “vintage”, cuja estética remonta aos aviões da Segunda Guerra Mundial, e a classe “extreme”, mais modernos e vocacionados para acrobacias.

O arranque do evento foi dado esta quarta-feira, no aeródromo de Tires, numa cerimónia presidida pelo ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, que destacou a “NOS Air Race Championship” como uma “parceria público privada virtuosa”.

“Faz todo o sentido que haja uma associação da Força Aérea com este evento e da visibilidade da aeronáutica, de Cascais e de Portugal, por isso é que é uma parceira público privada virtuosa”, disse o ministro.

Aguiar-Branco considerou ainda a iniciativa “muito importante” por ser uma forma de as Forças Armadas poderem “mostrar a sua polivalência” e a sua vertente de “serviço publico”.

“Às vezes estranham que as Forças Armadas se juntem a este tipo de iniciativas, mas isso não tem nada de estranho, porque há essa intenção de aproximação às pessoas”, sustentou.