CADERNINHO DE NOTAS
Poucos diretores imprimem sua marca e transformam suas películas em obras de arte. Trabalhos capazes de tocam a quem assiste de maneira tão profunda e irreversível que alteram sua percepção da própria vida. Ingmar Bergman é um desses exemplos. Suas obras estão repletas de poesia e são de extrema complexidade. Mas não fuja. Assistir os filmes de Bergman é uma experiência pessoal, única e uma oportunidade para conhecer intimamente o diretor.
© Ingmar Bergman, Ficher Nilsson, (1952).
Ingmar Bergman (1918 — 2007) é um dos maiores cineastas da história. Sua produção foi extensa, mais de cinquenta filmes e roteiros – entre os anos de 1946 a 2003 - intercalados por uma série de trabalhos para televisão, sem contar peças de teatro. Bergman faz parte da geração de cineastas que surgiram após à II Guerra Mundial, que despontaram mundialmente com seus filmes de narrativas mais complexas, explorando ao máximo a linguagem cinematográfica. Histórias um pouco diferentes das que dominavam as telas do mundo - com exceções, brilhantes, logicamente - histórias que fugiam das conclusões previsíveis e finais palatáveis. É neste período que surgem o neorrealismo italiano, a Nouvelle Vague, o cinema novo, entre outros movimentos.
© Ingmar Bergman, Sjostrom, (1957).
A densidade do pensamento de Bergman vem da própria cultura e sociedade nórdica. Não é possível compreender sua produção sem pensar na tradição teatral sueca e nórdica em geral, de Henrik Ibsen (1828-1906), Søren Kierkegaarg (1813-1855) e August Strindberg (1849-1912). A produção de uma sociedade avançada, no aspecto material, permitiu a concentração incisiva nos problemas mais angustiantes e existenciais do homem moderno.
© Ingmar Bergman, Ekman, (1957).
O que atrai em sua obra é o modo como Bergman trabalha com temáticas delicadas e de forte carga existencial: a solidão, a religião (resultado de sua criação religiosa), a morte, o erotismo com toda sua violência e impotência, a racionalidade mesclada nos mais diversos absurdos. Na atualidade, seus filmes causam estranheza e são por vezes difíceis de compreender - e ainda permanecem extremamente atuais.
De seus filmes saíram atores consagrados que conquistaram o mundo, como Max von Sydow, Bibi Andersson e Liv Ullmann. Como técnica, temos o flashback, ferramenta essencial em suas narrativas e que se tornou uma característica em seus filmes, assim como a interação do ator diretamente com a câmara, como se estivesse dialogando ou olhando para o espectador. Elementos e pessoas que ajudaram Bergman a construir seu cinema.
© Ingmar Bergman, Sjunde Inseglet, (1957).
Sétimo Selo (1956), filme que representa o auge da genialidade do diretor, foi baseado numa peça de teatro escrita pelo próprio Bergman. O filme demonstrou alguns dualismos vividos por Ingmar, em torno das crenças religiosas herdadas do pai, um pregador luterano autoritário. A questão da fé e as consequências existenciais do enfrentamento de fé e filosofia são reflexões que Bergman extraiu do pensamento de Kierkegaard e desenvolveu através da torturante e angustiante dúvida e da fé em Deus, questão essencial da existência humana.
Esteticamente, o grande trunfo foi realizar o filme em branco e preto - como outros filmes seus do período - ainda que na época já houvesse filmes coloridos. Uma escolha perfeita para a atmosfera de desespero e desolação da Idade Média, que potencializou as cenas da queima da bruxa e das pessoas flageladas.
© Ingmar Bergman, "O Sétimo Selo", o jogo de xadrez entre a morte e o cavaleiro, (1957).
Já em Morangos Silvestres (1957), Bergman entra no mundo da subjetividade para traduzir a jornada para a compreensão do sofrimento e a busca pela reconciliação com seu passado e presente. Vemos um dia na vida de Isak Borg em um road movie existencial, onde a memória, o onírico e o real se entrelaçam e evidenciam a angústia do personagem e a sua tentativa de se reconstruir a si mesmo e suas relações.
© Ingmar Bergman, poster do filme "Persona", (1966).
Em Persona (1966), Bergman trabalha questões existenciais, a metáfora do cinema e do teatro, e a própria realidade por meio de cenas de puro simbolismo. Os tons cinza ajudam a criar a atmosfera de frieza e isolamento das personagens.
A personagem principal, Elisabeth, é uma famosa atriz que durante a apresentação da peça Electra toma consciência da mentira em que vive e decide não mais mentir - e para isso cala-se. Por isso, o som e o silencio são instrumentos utilizados para acentuar o suspense ou a dramaticidade de cada cena e criar o ritmo da película. O título do filme remete ao teatro (o termo persona provém da máscara usada nas tragédias gregas).
© Ingmar Bergman, "Persona", as atrizes Bibi Andersson e Liv Ullmann, amante e parceira de Bergman em diversas produções, (1966).
© Ingmar Bergman, "Gritos e Susurros", (1972).
Em Gritos e sussurros (1972), a questão exaltada é a impossibilidade de separar a dor física da dor mental, vendo a mente e o corpo como um elemento único. A dor da personagem de Agnes existe. Perpassa seu ser, nasce e morre nas relações familiares com sua mãe no passado e suas duas irmãs no presente. Irmãs que também sofrem, mas que, diferentemente de Agnes, não percebem de onde pode vir o alivio para a dor incessante: o amor e o afeto. Apenas Anna, a governanta - menosprezada pelas irmãs – é capaz de dar alívio físico e mental a Agnes.
Karin, uma das irmãs, chega ao ponto de automutilar-se para evitar o contato do marido. Enquanto Marie é indiferente à tentativa de suicídio do marido quando este descobre que foi traído por ela. Nenhuma das irmãs é má - Bergman não trabalha com bem versus mal -, são apenas impotentes diante da dor própria e alheia. A própria cor vermelha, onipresente no filme, é a visão que possui da alma humana.
© Ingmar Bergman, "Gritos e Susurros", a mutilação de Karin, (1972).
Estes são apenas quatro filmes de sua extensão produção, mas o suficiente para perceber a complexidade e profundidade da alma de Bergman, e principalmente como sua obra é atemporal e capaz de tocar a todos.
Gaúcho, nascido em 1980, Cisco Vasques é fotógrafo, maquiador e músico, suas produções me conquistaram e certamente vão conquistar você.
Seus trabalhos fotográficos são profundamente surpreendentes, Cisco sabe criar uma atmosfera artística de maneira bastante pessoal, domina a maquiagem e explora de forma deslumbrante à construção de próteses em látex, criando uma personalidade única nas pessoas, um resultado que se une aos ambientes e adereços de forma provocante e poética.
Suas produções são presença marcante em sua vida, a cúpula, sua casa, é o palco onde ele fotografa e desenvolve seus trabalhos, livre das tendências ditadas pelo mercado, habitualmente ele nos presenteia com belos retratos.
O fotógrafo Aaron Hawks caminha na ténue linha que separa a arte da pornografia, ou mesmo de práticas sexuais menos vulgares. Algumas vezes dominante, outras submisso o trabalho tem força e personalidade.
A fotografia é de facto um mundo fascinante, onde cada pessoa desenvolve o seu olhar e perspectiva própria sobre o que a rodeia. Aaron Farley é um apaixonado pela fotografia. Faz desta arte o seu trabalho e modo de vida desde os seus 20 anos. É hoje um conceituado fotógrafo Americano, com um Portfolio recheado de olhares e com um leque de clientes fixos para os quais desenvolve trabalhos unidos pelo factor de nome criatividade.
Agarra as cores, sabe como as destacar, evidencia as sombras, capta o movimento e desenvolve acima de tudo um trabalho bastante diversificado. Aaron tem de facto a capacidade de elaborar trabalhos admiráveis quer em cenários urbanos, quer em ambientes mais selvagens e naturais. Desenvolve e mostra ao mundo as suas fotografias, consideradas de autor, mostrando a sua perspectiva única e criativa sobre determinado objecto, pessoa ou situação, chegando mesmo a fotografar algumas celebridades.
Aaron Farley estudou fotografia, chegando a adquirir o bacharelato na Universidade de Washington. Em 2000 muda-se para Los Angeles, onde vive actualmente com a sua mulher e filha, sendo também aqui que desenvolve trabalhos para clientes de nome, como por exemplo, a marca Adidas, a agência Ogilvy & Mather, Getty Images, Guitar Center, entre outros. Assumindo sempre vários registos fotográficos, torna-se um fotógrafo dinâmico e conceituado no trabalho que desenvolve para esta arte.
Julgo que o poder dos seus registos se torna forte, porque neles existe uma marca pessoal, uma perspectiva de autor, o que faz com que quem admire e veja o trabalho de Aaron, o saiba identificar como sendo do próprio e reconheça futuros trabalhos do mesmo.
Um olhar atento unido á dedicação e ao saber criar.
A fotografia é de facto um mundo fascinante, onde cada pessoa desenvolve o seu olhar e perspectiva própria sobre o que a rodeia. Aaron Farley é um apaixonado pela fotografia. Faz desta arte o seu trabalho e modo de vida desde os seus 20 anos. É hoje um conceituado fotógrafo Americano, com um Portfolio recheado de olhares e com um leque de clientes fixos para os quais desenvolve trabalhos unidos pelo factor de nome criatividade.
Agarra as cores, sabe como as destacar, evidencia as sombras, capta o movimento e desenvolve acima de tudo um trabalho bastante diversificado. Aaron tem de facto a capacidade de elaborar trabalhos admiráveis quer em cenários urbanos, quer em ambientes mais selvagens e naturais. Desenvolve e mostra ao mundo as suas fotografias, consideradas de autor, mostrando a sua perspectiva única e criativa sobre determinado objecto, pessoa ou situação, chegando mesmo a fotografar algumas celebridades.
Aaron Farley estudou fotografia, chegando a adquirir o bacharelato na Universidade de Washington. Em 2000 muda-se para Los Angeles, onde vive actualmente com a sua mulher e filha, sendo também aqui que desenvolve trabalhos para clientes de nome, como por exemplo, a marca Adidas, a agência Ogilvy & Mather, Getty Images, Guitar Center, entre outros. Assumindo sempre vários registos fotográficos, torna-se um fotógrafo dinâmico e conceituado no trabalho que desenvolve para esta arte.
Julgo que o poder dos seus registos se torna forte, porque neles existe uma marca pessoal, uma perspectiva de autor, o que faz com que quem admire e veja o trabalho de Aaron, o saiba identificar como sendo do próprio e reconheça futuros trabalhos do mesmo.
Um olhar atento unido á dedicação e ao saber criar.