De 21 a 25 de Julho de 2010
Bailado “Veleda” – Solo da Bailarina Joana von Mayer Trindade
Local: Museu do Traje, às 18h30
Organização: Câmara Municipal de Viana do Castelo
Criação/Performance: Joana von Mayer Trindade.
Colaboração Artística/ Direcção: Hugo Calhim Cristovão.
Bombo: Paula Cepeda Rodrigues.
Colaboração Especial: Valquiria Valhalladur
Duração: 30 Minutos
Agradecimentos: Orfeão do Porto, Paulo Trindade, Rui Nascimento e Joca (Viana Bombos - Grupo de Bombos da Casa dos Rapazes de Viana do Castelo) e Maria Veleda.
SINOPSE
Maria Veleda revelou-se uma evidência, o ponto de partida para a criação deste solo. Pelo seu percurso de não compromisso que lhe condicionou o fim da vida em pobreza material, em quase indigência e miséria, um facto que deveria pesar sobre todos nós.
Pelas significações múltiplas da sua presença histórica, desde a luta política metamorfoseada em opções radicais até à curiosidade da sua dedicação ao esoterismo, em paralelo com posturas sempre avançadas e dissonantes com o seu tempo no que diz respeito à mulher, à família, às relações interpessoais.
Pela lucidez com que analisou os resultados da República por que lutou, após esta se ter implementado, e por perceber a carga de sofrimento e alegria que se gera e paga pelos sonhos de tornar o mundo mais humano.
Pelo modo como a sua crítica sempre incidiu sobre os factores de desumanização manifestos nas lógicas do poder e das abstracções que o sustentam, a revolução que se imobiliza em instituições.
Pela particularidade do seu pseudónimo “Veleda” (uma “Völvur”) e o modo como este se conjuga em estranheza com o primeiro nome “Maria”, à partida uma implicação que apenas na síntese se poderá descobrir: o arquétipo da mãe do cristianismo (de Cristo) entrelaçado com o de uma profetisa guerreira impregnada de rebeldia e violência contra o império romano.
Pelas associações fonéticas e subjectivas que o seu nome logo despertou, uma vereda embebida em veludo, um veludo que se pode queimar como combustível e fazer arder estes espelhos da memória, do desejo, e das realidades factuais de que se nutrem as repúblicas: veículos prenhes de utopia.
O percurso partiu de espirais, de suspensões a traçar as fracturas do caminho. De um bater sempre presente a pedir necessidade, urgência de transformação, espírito de acção, contaminação, ironia e sarcasmo. De uma afirmação que não se compromete e não se cessa.
Hugo Calhim Cristovão / Joana von Mayer Trindade
BIOGRAFIA
1 comentário:
Olá Jorge!
Que bom que há quem divulgue as artes... e o Ballet é lindo!!!
Parabéns...
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