terça-feira, 18 de outubro de 2011

Loreena McKennitt e a música do tempo passado

 

 

A cantora canadense se tornou famosa para amantes de world music pelo seu timbre de voz, o uso de instrumentos poucos usuais. Loreena em cada trabalho realiza uma verdadeira pesquisa de campo assimilando em suas melodias instrumentos milenares e retomando canções de tempos passados. A música de Loreena é uma verdadeira viagem transcendental.

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© Donna Griffiths , Copyright Quinlan Road By courtesy of Karen Shook on behalf of Quinlan Road.

Loreena McKennitt nasceu na cidade de Morden no Canadá em 17 de fevereiro de 1957. De ascendência irlandesa e escocesa, a compositora, pianista e harpista soube misturar elementos do celta eclético e do estilo new age juntamente com instrumentos de origem medieval e de países do Oriente Médio e Ásia. Sua formação iniciou-se aos 10 anos em piano clássico e canto. Na década de 1970, Loreena já realizava pequenos shows em clubes de música e espetáculos musicais, chegando a trabalhar como cantora e atriz do Festival Shakesperiano do Canadá, em Ontário.

Seus trabalhos são lançados pela própria Loreena, através do selo Quilan Road, idealizado, custeado e administrado por ela mesma. A pequena produtora que só representa e divulga seu trabalho, foi idealizado pela artista como uma maneira de distribuir e expandir as fronteiras de sua música e manter a qualidade de suas obras.

Seu primeiro álbum Elemental, foi lançado em 1985, e atraiu atenção mundial para a cantora. Mas o sucesso veio em a versão de Bonny Portmore, música tema do filme Highlander III, as músicas de Loreena também estão presentes nas trilhas sonoras dos filmes Soldier, Jadie, The Mists of Avalon, The Santa Clause, o filme de Jean-Claude LauzonLéolo e a co-produção canadense/venezuelana Una Casa Con Vista Al Mar e a série televisiva Roar e o documentário Women And Spirituality.

Loreena McKennitt - Bonny Portmore (Galante Portmore)

Em Bonny Portmore, Loreena resgata uma antiga canção irlandesa do século XVIII com melodia do século XIX. A letra trata sobre o desmatamento da floresta de carvalhos próximo ao Castelo de Portmore, para a construção naval. A canção ainda trata da tristeza da queda do grande carvalho e na voz potente de McKennitt a música ganhou o mundo e tradições e a consciência do antigo povo irlandês.

Loreena McKennitt - All Souls Night (Toda Noite Almas)

All Nights Soul é uma das canções criadas pela própria Loreena e foi inspirada o imaginário de uma tradição japonesa que celebra as almas dos defuntos, que envia pequenos barcos com lanternas para os mares e lagos. A isso McKennitt soma a celebração celta da noite da alma onde grandes fogueiras eram acesas não apenas para marcar o ano novo, mas também para aquecer as almas dos defuntos.

Já The Lady of Shalott é a versão musical do poema homônimo de Lord Alfred Tennyson de 1843, uma balada vitoriana com temática referente as lendas do Rei Arthur. Assim como Cymbeline em que Loreena, transforma em música um poema presenta na peça homônima que Wiliam Shapespeare escreveu já no fim de seus dias.

Loreena McKennitt - Cymbeline

Em outros trabalhos é possível perceber que Loreena uniu elementos da música secular celta a cultura musical do oriente, ao introduzir o toque erudito e utilizar instrumentos tradicionais desses povos vistos como exóticos, somado a isso a voz inconfundível de McKennitt. Elementos que criam um mundo paralelo ou uma viagem ao passado.

Loreena Mckennitt - Huron 'Beltane' Fire Dance (Dança do Fogo)

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