Carta
Toranja
Não falei contigo
Com medo que os montes e vales que me achas
Caíssem a teus pés...
Acredito e entendo
Que a estabilidade lógica
De quem não quer explodir
Faça bem ao escudo que és...
Saudade é o ar
Que vou sugando e aceitando
Como fruto de Verão
Nos jardins do teu beijo...
Mas sinto que sabes que sentes também
Que num dia maior serás trapézio sem rede
A pairar sobre o mundo
Em tudo o que vejo...
É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago feiticeiro
Que a minha bola de cristal é folha de papel
Nela te pinto nua, nua
Numa chama minha e tua.
Desconfio que ainda não reparaste
Que o teu destino foi inventado
Por gira-discos estragados
Aos quais te vais moldando...
E todo o teu planeamento estratégico
De sincronização do coração
São leis como paredes e tectos
Cujos vidros vais pisando...
Anseio o dia em que acordares
Por cima de todos os teus números
Raízes quadradas de somas subtraídas
Sempre com a mesma solução...
Podias deixar de fazer da vida
Um ciclo vicioso
Harmonioso ao teu gesto mimado
E à palma da tua mão...
É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago feiticeiro
Que a minha bola de cristal é folha de papel
Nela te pinto nua, nua
Numa chama minha e tua.
Numa chama minha e tua.
Desculpa se te fiz fogo e noite
Sem pedir autorização por escrito
Ao sindicato dos deuses...
Mas não fui eu que te escolhi.
Desculpa se te usei
Como refúgio dos meus sentidos
Pedaço de silêncios perdidos
Que voltei a encontrar em ti...
É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago feiticeiro...
...nela te pinto nua, nua
Numa chama minha e tua.
Numa chama minha e tua.
Ainda magoas alguém
O tiro passou-me ao lado
Ainda magoas alguém...
Se não te deste a ninguém
Magoaste alguém
A mim... passou-me ao lado.
A mim... passou-me ao lado.
domingo, 24 de fevereiro de 2013
Toranja–A carta
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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Tap Air Portugal
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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Veneza em um dia
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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
Sonhei com mundos e cores
Sonhei
Sonhei com mundos e cores
com perfumes e amores
esperei por estrelas e cometas
por mensagens e beijos loucos.
Fiquei só ao vento frio
na esquina da solidão
que me bateu ao peito
resisti não sei como
... talvez pela teimosia
da minha alma.
Percorro meus versos agourentos
esvaindo-me pelo nada
Passeios oníricos
Meus olhos fartos de lugares-comuns
Num só impulso..´
Não estou aqui´
nunca estive
Perdi-me
pelo universo de labirintos
Em teu corpo iluminado
Meu caminho nao tem volta
Pouco me interessa o tempo sem passado
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