segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Animusic

Wikipedia

Mulheres à margem da Wikipedia

Apenas 13% dos artigos da enciclopédia aberta são escritos por mãos femininas. A meta é chegar a 2015 com 25% de contributos assinados por mulheres.

 

Mulheres à margem da Wikipedia

 

A polémica surgiu quando o "The New York Times" revelou que apenas 13% dos verbetes da Wikipédia são assinados por mulheres. Uma das principais fontes de conhecimento da Internet aparece, assim, com uma forte marca sexista, onde a participação feminina se tem mostrado inferior à de outros fóruns.

O tema chegou ao "El País", que, num blogue, prefere interpretar a situação como sendo resultado de diferentes usos da Internet, conforme o género do utilizador. Seja como for, a fundação responsável pela Wikipédia já anunciou que pretende alcançar a meta de 25% de verbetes assinados por mulheres até 2015.

O jornal espanhol afirma, por exemplo, que as mulheres lideram a adesão às redes sociais e ao comércio eletrónico, baseando-se em dados de um estudo da consultora ComScore. Haverá mais mulheres associadas ao Twitter, embora os homens passem mais tempo a partilhar as suas impressões.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Mafalda Sacchetti

A escolha de... Mafalda Sacchetti

» Mafalda Sacchetti Foto: Mário Galiano

 

Filha do músico Paulo de Carvalho e neta da escritora Rosa Lobato de Faria, a vida artística só poderia estar no caminho desta cantora de 33 anos, que lança em breve o segundo álbum.

 

Mafalda Sacchetti nasceu em Lisboa, a 12 de Março de 1977, no seio de uma família ligada à música e à escrita: o pai é o músico Paulo de Carvalho, a sua avó materna era a romancista, guionista e letrista Rosa Lobato de Faria. Frequentou o Liverpool Institute for Performing Arts, estudou no Conservatório de Música de Lisboa e tirou ainda o curso superior de Design de Interiores na Fundação Ricardo Espírito Santo. Mas a música sempre foi a sua grande paixão e depois de ter lançado o primeiro álbum, Imprevisível, em 2004, prepara actualmente o segundo, que será, adianta, bastante mais maduro e pessoal, mas com o mesmo tipo de sonoridade.
O Bar
Onda Jazz

Se queremos encontrar os grandes cantores e músicos "da nossa praça" vamos ao Onda Jazz, em Lisboa. Apesar do nome, não é só jazz que se ouve neste espaço, mas é garantidamente boa música, tocada genuinamente com muito gosto/gozo. Quem nos recebe faz-nos sentir parte de uma família e é isso mesmo que este bar passa a ser.
O Concerto
Nine Inch Nails

Dos Nine Inch Nails, em qualquer parte do mundo. É quase inexplicável a quantidade de sensações que consigo ter numa só música em cada concerto. Desde a composição à luz, passando pelo contraste de sonoridades e a profundidade das letras, esta é, definitivamente, a minha banda de eleição. Os concertos de Nine Inch Nails são dos poucos que me deixam nervosa minutos antes de começarem e quando acabam tenho a sensação de ter levado uma injecção de adrenalina e de me ter perdido durante umas boas horas. Fazem-me sentir livre e viva.
O Restaurante
Vila Lisa, Mexilhoeira Grande

O segredo deste restaurante é a simplicidade. Desde a decoração à forma informal como somos recebidos e, finalmente, à comida. Por fora é uma casinha caiada pela qual ninguém dá nada se não souber o que vai lá dentro. Mas por dentro as paredes estão forradas de quadros pintados pelo próprio Vila, misturados com pratos de loiça regional, ramos de louro e abróteas arrepiadas. Tenho o privilégio de lá ir desde sempre e, como tal, sou recebida como se estivesse em casa.
A Peça de teatro
"As Encalhadas"

Uma peça leve, mas bastante divertida que faz rir do princípio ao fim. As Encalhadas é uma peça indicada para homens e mulheres de todas as idades ou estados civis que queiram ficar bem dispostos. As músicas têm letras deliciosas, estão bem construídas e ficam no ouvido. As actrizes - Helena Isabel, Maria João Abreu e Rita Salema - fazem a festa de uma forma surpreendente. Em digressão.

Blaxploitation

Blaxploitation, a força dos negros

 

O cinema norte-americano demorou para dar espaços aos negros, mas quando isso aconteceu, surgiu uma explosão de criatividade.

negro racismo blaxploitation

O “cinema negro”, por excelência, sempre foi marginalizado. Em especial nos Estados Unidos, onde somente em 2002 uma atriz e um ator negro conseguiram abiscoitar os melhores prêmios na principal cerimônia do país, o Oscar. Se levarmos em conta ainda o cinema europeu, o panorama é mais desolador. Nenhum diretor de renome e raríssimos atores. No Brasil, apesar do renascimento do cinema, não há nenhum diretor negro, ainda que bons atores tenham surgido, como Lázaro Ramos. O cinema africano, apesar de existir, raramente atinge um público abrangente, sendo relegado aos festivais hipermega-alternativos para cinéfilos convictos e dependentes. Ainda que nomes importantes como Abderrahmane Sissako ganhem financiamento europeu para produzir seus filmes e apresentem um talento indiscutível, é muito pouco para o continente africano.

Para se conseguir alguma consistência do cinema negro, não resta dúvida que devemos olhar para a produção de Hollywood, que desde a década de 70 percebeu que o filão era muito bom e importante para se desprezar. Se em The jazz singer, de 1927, um ator branco pintou o rosto de negro, na década de 60 Sidney Poitier tornou-se um ícone de respeito, com grandes atuações em fitas como Advinhe quem vem para jantar? e Ao mestre, com carinho, ambos de 1967, Poitier abriu portas. Com a liberdade civil ganhando cada vez mais força nos EUA, nada mais natural que a década de 70 pudesse ser o cenário ideal para que os negros fizessem uma grande invasão.

Junto com essa conquista nos cinemas, na música, os negros ganhavam cada vez mais espaço com Funkadelic, the Impressions, Sly`s and Family Stone e até mesmo James Brown, que produziam músicas cheias de mensagens políticas e sociais, junto com todo o ritmo. As paradas de sucesso provavam que havia demanda para “música com mensagem”. Natural que os negros buscassem no cinema uma resposta similar.

Foi o que aconteceu. Ainda que conhecido como movimento “blaxploitation”, a indústria cinematográfica se deu conta de que poderia faturar bastante fazendo filmes dirigidos à comunidade negra e também para apreciadores de cinema. Surgiu uma estética interessantíssima, que hoje ecoa em trabalhos de diretores como Quentin Tarantino e até mesmo no modernete David Fincher.

negro racismo blaxploitation

Cores berrantes, perseguições incansáveis, humor ralo e chulo, heróis de caráter duvidoso, violência, violência e mais um pouco de violência era as marcas registradas do blaxploitation. Com todo este jeitão rebelde e tosco por natureza, o cinema negro norte-americano começava a sair do limbo para ganhar força de movimento cultural. A excelente Pam Grier marcou época com suas personagens-heroínas sexys sempre de batom rosa e calças justíssimas. Basta ver filmes como The mack, Foxy Brown ou Superfly para render homenagens à Pam. Beyoncé Knowles prestou seu tributo ao atuar como Foxxy Cleopatra em Austin Powers e o homem do membro de ouro. Para quem nunca viu a atuação de Pam Grier na década de 70, a personagem de Beyoncé mostra muito bem como era.

Além de Grier, Ron O`Neil, Richard Pryor, Max Julien, Antonio Fargas e Melvin Van Peebles eram os caras. Apesar de toda a evidente apelação com excesso de violência e sexo, os filmes marcaram um jeito de fazer cinema de baixo orçamento e voltado somente ao entretenimento banal. O durão Richard Roundtree encarnando Shaft faz a prova final do gênero. Mas mais importante do que tudo isso, foi que o blaxploitation abriu portas para gente como o genial Spike Lee e seus filmes protesto da década de 80. Denzel Washington, Jada Pinkett-Smith, Halle Barry e Mario Van Peebles, todos, sem dúvida alguma, devem agradecer o estilo da década de 70 em suas maneiras de atuar. Também é nítido a influência do blaxploitation na música hip-hop da atualidade. Todos os elementos estão ali, basta ver um clipe de qualquer rapper.

Para conhecer um pouco mais do blaxploitation, vale a pena dar uma fuçada nas locadoras atrás dos filmes do gênero. Segue ai uma listinha que você pode usar como referência para auxiliar sua busca. Não se preocupe muito com o enredo, basicamente ou são comédias grosseiras ou são policiais violentíssimos. Ou, às vezes, são os dois. Talvez seja um pouco difícil encontrar no Brasil, mas nada que o site da Amazon não resolva.

Shaft, de Gordon Parks, EUA, 1971
Superfly, de Gordon Parks, EUA, 1972
Black mama, white mama, de Eddie Romero, EUA, 1972
The mack, de Michael Campus, EUA, 1973
Coffy, de Jack Hill, EUA, 1973
Foxy Brown, de Jack Hill, EUA, 1974
Cleopatra Jones and the casino of gold, de Charles Bail, EUA, 1975
Cooley high, de Michael Schultz, EUA, 1975
Friday Foster, de Arthur Marks, EUA, 1975

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Maria Ângela Alvim

 

A volta

Tão só em prosseguir busquei sentido
e o caminho é sem regresso a quem caminha
por nenhum instinto além reconhecido.
Espaço meu ou de loucura, era sozinha.

Vinha de não sei onde, lar perdido
de mim mesma, ou infância. Vinha
quando apenas vi que recobrara o ido
antigo estar em tal estância, minha.

E tudo que abandonei, o a que deu termo
muda solidão pairando em grito ermo,
largo deserto visto em falso medo,

tudo que abandonei, faz companhia.
Enquanto, indo, um ocaso brando me assistia
eis que amanheço em mim, volto a ser cedo!



Maria Ângela Alvim


 



Secret Garden

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Carmen Cecilia

Quando acordo e te vejo

Quando aflora o desejo

Vem insinuante. Latejante!

Mesclado com tons... Sons!

Emaranhado de cores e sabores...

Que desatinam

E me percorrem

Com suaves toques

Um leque de arco íris..

Sua cadencia... Cadencia-me!

Eloqüência em seqüência

Que emanam,

Seqüestram os sentidos

Não se enganam...

(Carmen Cecilia)

Underwater Dance

 

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Roger Waters

Roger Waters em Lisboa: concerto prestes a esgotar -

Roger Waters em Lisboa: concerto prestes a esgotar

Já só restam 3200 bilhetes para concerto de Roger Waters, em redor do álbum The Wall , dos Pink Floyd, no Pavilhão Atlântico.

O concerto de Roger Waters no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, está marcado para 21 de Março de 2011, mas segundo a promotora Ritmos e Blues os bilhetes estão quase a esgotar.

"Já só restam 3200 dos 16 mil bilhetes (...). Os ingressos estão disponíveis desde 5 de Junho e em apenas nove dias foram vendidos quase 13 mil bilhetes", pode ler-se no comunicado enviado esta semana à imprensa.

As entradas para ver o concerto de 30º aniversário do álbum The Wall , dos Pink Floyd, custam 40 euros (balcão 2), 55 euros (plateia em pé), 65 euros (balcão 1) e 80 euros (balcão 0).

Prometido para este espectáculo está um palco onde será construída uma parede de 10 metros e meio de altura e 73 de largura, derrubada durante a actuação.

Existe ainda a possibilidade de um segundo concerto de Roger Waters no mesmo local.

BUIKA

 

 

 

Buscas a perfeição? Não sejas vulgar.

A autenticidade é muito mais difícil.

Mario Quintana



domingo, 20 de fevereiro de 2011

Clarice Lispector

NÃO ENTENDER

Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.

The SepiaTown Blog

The SepiaTown Blog
http://especiales.lainformacion.com/panoramicas/madrid/

Paris 26 Gigapixels - Interactive virtual tour of the most beautiful monuments of Paris

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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A IGREJA E SEUS SILÊNCIOS

Freira expulsa de convento por usar Facebook

A freira María Jesús Galán tornou-se conhecida por usar o Facebook. E foi o mesmo Facebook que a tornou ainda mais famosa ao motivar a sua expulsão do convento de Santo Domingo el Real, de Toledo, Espanha.

Freira expulsa de convento por usar Facebook

Há muito que Maria Jesús Galán tinha a paixão das tecnologias: e foi por essa paixão que, no passado, venceu a renitência das irmãs de convento com a compra de um computador, que haveria de servir de ponto de partida para a digitalização de quase todo o arquivo local.

Com o aparecimento da Internet, Galán foi ainda mais longe e passou a ter o secular hábito de navegar na Net e tirar partido do potencial das redes sociais.

Ao cabo de 35 anos de vida conventual, a paixão pelas tecnologias tornou-se, por fim, a derradeira paixão de Galán - pelo menos enquanto freira. Tudo porque as irmãs de convento não aceitaram de ânimo leve a desenvoltura cibernética da religiosa de 54 anos, que já tinha ganho um prémio pelo trabalho desenvolvido na Internet e começou a granjear popularidade e seguidores no Facebook e afins.

Na passada terça-feira, Maria Jesús Galán anunciou na conta pessoal do Facebook que tinha sido expulsa do convento pelo delegado da Vida Religiosa e a madre prioresa. Na mensagem de despedida, é feita uma acusação contra as colegas quenianas, que alegadamente terão pressionado os órgãos dirigentes do convento.

Na Internet, multiplicaram-se as manifestações de apoio à ex-freira, que já se inscreveu no centro de emprego e já estabeleceu como objetivo de vida algumas viagens que a vida de clausura dificilmente poderia permitir, informa o ABC.

Apesar da exposição mediática, o gabinete do arcebispo de Toledo optou por não comentar o caso.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Lady Antebellum

A beleza num olhar

Qual a beleza de um olhar? Através de um conjunto de fotografias macro, podemos admirar a verdadeira beleza e complexidade do olho humano. O padrão aparentemente simples e uniforme, quando observado mais de perto, transforma-se e revela-nos uma complexidade de cores e formatos verdadeiramente extraordinários.

Qual o olhar que mais o seduz?

 

olhar olho humano anatomia ver visualizar padrao ocular

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Amálgamas imagéticas

Amálgamas imagéticas: O Facebook pelos olhos de Phillip Maisel

Imagens, imagens, imagens. O olhar de cada um de nós é bombardeado, sem cessar, pela panóplia de imagens com que o quotidiano é construído. Seja em publicidade pela rua, na televisão ou no computador, temos acesso a tantas fotografias e imagens que perdemos a capacidade de as processar na íntegra. Phillip Maisel, fotógrafo conceptual, entrou nos álbuns fotográficos do Facebook e apresenta-nos uma perspectiva diferente daquela a que estamos habituados…

Facebook Phillip Maisel

Se abrir um qualquer álbum de imagens do Facebook e passar incessantemente as fotografias à sua frente, o que obtém? Talvez um borrão de momentos especiais e outros quotidianos. Um borrão de pessoas, locais e memórias. Esta foi a experiência feita pelo fotógrafo conceptual Phillip Maisel que, após ver fotografias seguidas de mais e mais fotografias, ficou fascinado pela velocidade com que é possível visualizar milhares de imagens através do Facebook.

Desta conclusão resultou o trabalho fotográfico “A more open space” ("um espaço mais aberto", em português), intitulado a partir de uma citação do criador do Facebook, Mark Zuckerberg. Ao todo, vinte imagens são o efeito da sobreposição múltipla de vinte álbuns de imagens no Facebook. As imagens obtidas, sobrepostas e indefinidas, mostram-nos vidas que não são as nossas e que até já poderiam ter passado pelos nossos olhos, à velocidade de um relâmpago.

«Esta é a minha perspectiva sobre a reacção que tive a este afluxo maciço de fotos que todos vivemos hoje em dia», explica Maisel. O trabalho reflecte, à vez, o próprio processo humano de processamento das imagens com que se depara, mas também questiona as noções de privacidade e as fronteiras entre o que pertence à esfera do íntimo e o que deve ser mostrado na esfera pública.

Facebook Phillip Maisel

Facebook Phillip Maisel

Além de espicaçar o lado curioso e voyeur de cada um de nós, as fotografias das redes sociais, muitas vezes desprotegidas dos olhares anónimos, são a porta de entrada para mundos íntimos e familiares aos quais não pertencemos. Pelo menos antes do mundo da Internet nos ter feito entrar nestas vidas, quase de forma legítima.

O próprio Maisel reconhece que não sabe bem qual a opinião que tem sobre a privacidade e a Internet, apesar do fascínio que a questão lhe suscita. «Cada vez que encontro as fotografias de férias de um estranho no Facebook ou fotografias de um bebé colocadas por um pai que nunca conheci fico um pouco admirado de ter acesso a momentos tão íntimos e privados sem que haja um mínimo esforço da minha parte», comenta.

Facebook Phillip Maisel

Para fazer este trabalho, Maisel utilizou a técnica fotográfica de longa-exposição perante um ecrã de computador onde corriam, em contínuo, fotografias de álbuns do Facebook. Cada imagem obtida tem o nome do álbum do Facebook que lhe deu origem. O artista usou os seus próprios álbuns digitais, assim como os de amigos e de perfeitos estranhos. Como inspiração, Maisel aponta o trabalho de Idris Khan e Jon Rafman que lhe fizeram pensar, respectivamente, na compressão do tempo numa só imagem e nas potencialidades da Internet como fonte de material criativo.

Facebook Phillip Maisel

A mancha de diferentes fotografias e, por consequência, de diferentes vidas é também um novo olhar perante a realidade do mundo digital e das recordações efémeras. Quando parte da nossa vida é construída no ecrã do computador, o que acontece quando a máquina é desligada ou quando a conta do Facebook deixar de ser usada? Perdemos uma parte de nós?

E o que acontece ao borrão de fotografias das férias daquela tia (que não vemos pessoalmente há anos) que fizemos correr no ecrã em meros segundos? Será que as esqueceremos no meio do turbilhão contemporâneo de imagens ou ficarão guardadas, num cantinho da memória, longe de um qualquer botão “Off”?

 

Facebook Phillip Maisel

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Crise no Egito

 

Jornalista da CBS hospitalizada após ataque sexual no Cairo

Lara Logan, uma das caras do programa "60 Minutos", sofreu o que a CBS News descreve "um brutal e continuado ataque sexual" na Praça Tahrir, no Egito.

 

 

Lara Logan fotografada na Praça Tahrir, no Cairo, no dia em que Hosni Mubarak abandonou a presidência do Egito

Lara Logan fotografada na Praça Tahrir, no Cairo, no dia em que Hosni Mubarak abandonou a presidência do Egito

A cadeia televisiva norte-americana CBS News disse ontem que a sua jornalista Lara Logan está a recuperar num hospital norte-americano de um ataque de que foi vítima quando cobria os acontecimentos no Cairo, noticia a AP. 

 

Lara Logan estava na Praça Tahrir depois de o Presidente egípcio, Hosni Mubarak, se ter demitido, quando ela, a sua equipa e os seus seguranças foram atacados por uma multidão de cerca de 200 indivíduos, afirma a estação, em comunicado. Separada dos seus colegas no meio da confusão, Lara Logan, que também é uma das caras  do programa "60 Minutos" , sofreu o que a CBS descreve "um brutal e continuado ataque sexual". 

Lara Logan, de origem sul-africana, com 39 anos, foi salva por várias mulheres e cerca de 20 soldados egípcios. Recuperou a ligação com a equipa da CBS e regressou aos Estados Unidos no sábado. 

Pelo menos 140 jornalistas foram feridos ou mortos enquanto cobriam os acontecimentos no Egito, desde 30 de janeiro, segundo o Comité de Proteção de Jornalistas. 

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Caixa de Ressonância

Segovia / Narciso Yepes

Castidade

Castidade

Tens a alvura das flores da laranjeira
Perfume exalado de noivas virginais.
Teu porte de fidalga altaneira
Num corpo de desejos angelicais.
Meu verso descompassa em teu olhar
Transparente e puro como cristal.
Quer haurir o que prometes sem falar
Mas, emudece ante teu vulto de vestal
A chama sagrada que mantens acesa
Arde em minha poesia de forma velada
Tu, que és detentora de toda a realeza
Dá-me o céu sem dar-me nada.

-Helena Frontini-

John Maclaughlin

domingo, 13 de fevereiro de 2011

J. Palma Jr.

 

A FALTA QUE ME FAZ
Ah! quanta falta fazem
estes teus olhos d'esperança
que brincam igual crianças
nos meus sonhos mais bonitos...
Ah! quanta falta faz
este sorriso fascinante
que espelha a alma tua
assim de mim tão distante
como do Sol é longe a Lua...
Ah! a falta que me faz
as nossas bocas juntinhas
lábios que se misturam
línguas que s'entrelaçam
labirinto nunca achado
de desejos misturados...
Ah! a falta que me faz
poder olhar no teu olhar
este espelho do pecado
e depois do amor,
já cansado,
qual um astro apagado
dormir menino ao teu lado...
Ah! a falta que me faz
esta distância de ti
esta lonjura danada
da minha mão na tua
como dois namoradinhos
caminhando assim juntinhos
na trilha da eternidade
para que nunca mais
tu possas me fazer falta
pra nunca mais ser saudade...

The Corrs

The Corrs

Os rostos de Manuel Librodo

 

 

O Filipino Manuel Librodo percorreu o mundo durante quatro anos numa viagem que lhe ofereceu a oportunidade de captar imagens com um profundo sentimento. Conheça alguns dos seus rostos...

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Manuel Librodo

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Strega a bruxinha querida

No nosso primeiro encontro da cama, 

ele não tinha caneta e nem papel.

Mas estava desejoso de registar nosso encontro.

Então, ele fez o meu corpo de papel

e com a língua escreveu

o poema mais belo que já li.

Trago-o para sempre comigo; tatuado à saliva 

de tamanha gostosura que foi nossa lembrança.

E para conseguir ler o segredo escrito

é preciso passar a língua,

porque só assim as palavras acendem feito brasa 

e queimam a alma de desejo.

Uma leitura em códigos

que não é qualquer um que pode ler.

By Helô Strega

 

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

JORGE PALMA

Composição: Andre Hollanda

Encosta-te a mim,
nós já vivemos cem mil anos.
Encosta-te a mim,
talvez eu esteja a exagerar.
Encosta-te a mim,
dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou,
deixa-me chegar.

Chegada da guerra,
fiz tudo p´ra sobreviver, em nome da terra,
no fundo p´ra te merecer
recebe-me bem,
não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói,
não quero adormecer.

Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei
às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem,
encosta-te a mim.

[instrumental]

Encosta-te a mim,
desatinamos tantas vezes.
Vizinha de mim,
deixa ser meu o teu quintal,
recebe esta pomba que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada, seja como foi.

Eu venho do nada
porque arrasei o que não quis
em nome da estrada, onde só quero ser feliz.
Enrosca-te a mim,
vai desarmar a flor queimada,
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.

Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo, e o que não vivi,
um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar,
mas quero-te bem.

Encosta-te a mim

Encosta-te a mim

Quero-te bem.

Encosta-te a mim.

Pronuncia do norte

 

(Rui Reininho)
Há um prenúncio de morte
Lá do fundo donde eu venho
Os antigos chamam-lhe reilho
Novos ricos são má sorte
É a pronúnia do Norte
Os tontos chamam-lhe torpe
Hemisfério fraco outro forte
Ai o dia não sejas triste
A bússula não sei se existe
E o plano talvez aborte
Nem guerra, bairro ou corte
É a pronúncia do Norte
É um prenúncio de morte
Corre o rio para o mar
(Isabel Silvestre)
Não tenho barqueiro
Nem em de remar
Procuro caminhos
Novos para andar
Colheste uns ramos
Onde os pousaste
É a magia das pérolas
Das fontes secar
Corre o rio para o mar
E há um prenúncio de morte
E as teias que vidram
Nas janelas
Esperam um barco
Parecido com elas
Não tenho barqueiro
Nem em que remar
Procuro caminhos
Novos para andar
E é a pronúncia do Norte
Corre o rio para o mar
(Rui Reininho e Isabel Silvestre)
E as teias que vidram
Nas janelas
Esperam um barco
Parecido com elas
Não tenho barqueiro
Nem em que remar
Procuro caminhos
Novos para andar
É a pronúncia do Norte
Corre o rio para o mar.

Composição: Florbela Espanca / João Gil

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior

Do que os homens! Morder como quem beija!

É ser mendigo e dar como  quem seja

Rei do Reino de Á quem e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor

E não saber sequer que se deseja!

É ter cá dentro um astro que flameja,

É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!

Por elmo, as manhas de oiro e de cetim...

É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...

É seres alma, e sangue, e vida em mim

E dize-lo cantando a toda a gente!

Dentro de mim
Por dentro de mim

É pena quase não poder ficar
És quente quando a luz te traz
Quase te vi amor
Quase nasci sem ti
Quase morri

Dentro de mim
Ficas dentro de mim
Por dentro de mim
Estás dentro de mim

Silêncio.Lua.Casa.Chão
És sitio onde as mãos se dão
Quase larguei a dôr
Quase perdi
Quase morri

Dentro de mim
Estás dentro de mim
Por dentro de mim
Ficas dentro de mim

Sempre só mais um homem
Mais humano
Mais um fraco..
Sempre..
Só mais um braço
Mais um corpo
Mais um grito
Sempre..

Dança em mim!
Mundo, vida e fim!
Dorme aqui
Dentro de mim..

É pena quase não poder ficar
No sítio onde as mãos se dão
Quase fugi amor
Quase não vi
Vamos embora daqui
Para dentro de mim




Largaram-me a mil metros do chão

Largaram-me porque me agarrei


Numa alucinação de vida


Que me enchia o coração


E que agora vejo perdida


Num cair que já não sei


Largaram-me a mil metros do chão


Reparo o sol que se afasta no ar


Rasgo caminho onde o vento dormia


Adormeço sentidos no meu furacão


Enquanto sol anuncia o dia


Sinto o meu corpo, desamparado, deslizar...


Perdi-te do lado errado do coração


Eras tu o meu chão...


Enquanto caía a terra rachou


E eu via a queda ainda mais funda


Ao meu lado passava tudo o que passei


Comigo a miragem que nada mudou


Do voo rasante que nem começou


Do tempo apressado que nem reparei


Sinto os meus gestos flutuar, devagar


No último segredo antes do ódio


À minha frente um filme de aves sem voz


E quando as toquei resolvi gostar


Quando as ouvi fiquei a amar


Ter tentado subir ao cimo de nós


Amei-te do lado errado do coração


Eras tu o meu chão...


Não sei ao que chamam lados do coração


Mas és tu o meu chão...


És tu o meu chão...





TORANJA





SÓ EU SEI VER O SOL NASCER



Desfaz-se o tempo em rotinas e vontades

Em projectos e verdades


Em desgostos que se alastram


Em vestígios distorcidos


De nascentes que encontramos


E é sempre quando seca que


Tudo se tem que se agarrar


Tudo o que faz fugir


E a verdade passa a estar


No fundo dum copo cheio do que se quer ser


E a beata no chão que faz os olhos arder


É a nova moda das crianças que ainda estão a aprender


Como têm que estar e andar e beber


E dançar e comer e falar e ouvir


E sentar e sorrir pra saber existir aaaahhhhhh…


Só eu sei ver o sol nascer


Só eu sei ver o sol nascer



Desfaço-me em pedaços, em retratos em…

Mentiras que trocámos e abraçámos sim


Fugimos mas voltámos


E o que presta, o que


Resta em nós…


Num fim de festa onde…


Todos sabemos quem somos


Ou quem não se quer lembrar


Ou quem precisa de estar


Perdido noutro sonho


A mesma noite, o mesmo copo,


O mesmo corpo, a mesma sede que não sabe secar


Onde se encontra sem se procurar


Onde se dança o que estiver a tocar


Muito fumo muito fogo muito escuro


Quando somos o que queremos


Quase somos o que queremos


Quase fomos o que queremos aaaaahhhhhhhh…



Só eu sei ver o sol nascer

Só eu sei ver o sol nascer



Quase fomos o que queremos

Quase somos o que queremos


Quase fomos o que queremos


Quase somos o…



aaaAAAHHH

Só eu sei ver o sol nascer


Só eu sei ver o sol nascer


Só eu sei ver o sol nascer


Só eu sei ver o sol nascer

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

"Os homens andam com o credo na boca"

 

"Os homens andam com o credo na boca"

As mulheres portuguesas estão mais informadas e desinibidas

As mulheres portuguesas estão mais informadas e desinibidas

Em época de crise os problemas parecem ainda não ter chegado debaixo dos lençóis nacionais. Quem o diz são as mulheres portuguesas, que num estudo sobre a satisfação sexual das europeias revelaram ser as mais satisfeitas com a sua atividade sexual.

No estudo "O que querem as mulheres?", levado a cabo pela consultora Strategy One e apoiado pela Pfizer , 88% das portuguesas confessaram-se realizadas sexualmente, sendo seguidas por 75% das espanholas e 74% das austríacas.

Ao todo foram entrevistadas 2500 mulheres da Alemanha, Áustria, Espanha, Portugal e Suécia, todas elas com parceiro e numa relação estável, avança o jornal "El Mundo". Na frequência sexual as portuguesas voltaram a ficar no topo da lista, com 81% a afirmarem que têm relações pelo menos uma vez por semana. Em Espanha a percentagem é de 68 e na Suécia de 45.

Mulher portuguesa está mais informada... e exigente

"Os números deste estudo valem o que valem", afirma o sexólogo Júlio Machado Vaz". "A verdade é que nestes questionários há uma tendência para se responder o que sabemos que fica bem dizer".

Contudo, o sexólogo não tem dúvidas: "Há poucos anos, as mulheres portuguesas não tinham sequer grau de comparação. Hoje em dia estão mais informadas e têm mais experiência. Mais do que satisfeitas, estão mais exigentes".

"Claro que ainda há muitas exceções porque temos uma país com realidades muito díspares", mas o sexo transformou-se "numa pedra basilar das relações", relembra Júlio Machado Vaz. "Se a mulher não se sente satisfeita neste campo pode dar o passo para terminar a relação, o que antes não acontecia".

"Os homens andam com o credo na boca"

Com a mulher portuguesa "cada vez mais desinibida", os homens estão por seu turno "cada vez mais inseguros". "Antigamente a mulher de um ejaculador prematuro achava que o problema era dela, que supostamente não conseguia atingir o orgasmo. Agora já são eles que nos procuram para pedir ajuda porque têm noção que elas sabem que o problema é deles".

"As mulheres têm uma visão mais objetiva e desportiva do sexo. Quando nos dizem: 'hoje correu mal, deixa estar que amanhã corre melhor', estão a ser sinceras. Mas eles não sabem lidar com isso". Embora o fator ansiedade seja um dos maiores entraves a relações sexuais bem sucedidas, o homem português "continua a ser muito quantitativo e ficar preso nos seus fantasmas". Resumindo, as "portuguesas estão mais exigentes com a sua vida erótica e eles andam literalmente com credo na boca".

U2 em S. Paulo

Amelie

 

Vinicius de Morais