quinta-feira, 29 de julho de 2010

Uma merecida prenda para a amiga MARA

 

Jorge, Boa Noite! !!

mulher deitada

"Pinto a realidade com alguns sonhos,

e transformo alguns sonhos em cenas reais.

Choro lágrimas de rir e quando choro pra valer

não derramo uma lágrima. Amo mais do que

posso e, por medo, sempre menos

do que sou capaz."

(Martha Medeiros)

Beijos...

Mara

Tributo á amiga Teka

TARDE DE AMOR

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Kitaro

 
2637643
by Cris

Ele era um homem assim que carregava uma faca
por atração por esse lado da vida
e eu sonhava um hotel com quartos conjugados
e um vinho tinto de estalar no dente.
Ele tinha um olhar forte mas que de repente fugia
curiosidade de tudo e eu tinha
aquele olhar das meninas, o encanto
a malícia, a avidez e nenhuma disciplina.
Talvez eu prometesse coisas, insinuasse
naqueles dias de calor, e não via isso
como nada grave e nem sofria
Talvez ele tivesse a alma torturada
a face esquerda prometida, um
mistério que me fascina
Era um homem e tinha a cara
que o peso da vida lhe dava.

 

74547853_TCvESbjx

 

SUBLIME SENTIMENTO
Ah! que bom seria se todos compreendessem,
Que daqui nada se leva não.
E que o amor todos conhecessem,
E o distribuisse a todos sem excessão.
Seria tão bom se nos amássemos uns aos outros,
Como Jesus nos ensinou.
Mas enfim se ve tão poucos,
Por este mundo que ele pregou.
Ainda é preciso perder para se dar valor.
E sentir no peito o arrependimento,
Nem que seja por um momento.
Para aprender o que é o amor.
Sublime e puro sentimento.
Que há de imperar com o tempo...
Escrito por elciomoraes

sábado, 24 de julho de 2010

 

brain12

 

Dançando na chuva

 

Dança da Chuva

senhorita chuva

me concede a honra

desta contradança

e vamos sair

por esses campos

ao som desta chuva

que cai sobre o teclado.

Paulo Leminski

 

 

SCRAP DE LIVROS BD

"Devemos buscar amigos como buscamos livros. Acertar na procura.
Não exija que sejam muitos, mas que sejam bons. Não exija que
sejam ricos, mas que sejam fiéis. Não exija que tenha boa profissão,
mas sim de bom coração. É triste o homem que não pode buscar livros
por não saber lê-los. Mas é ainda mais triste o homem que não pode
buscar amigos, por não saber conquistá-los. É triste a estante vazia
por falta de livros, Mas é ainda mais triste o homem oprimido, por falta
de amigos. Os livros nos tiram da turbulência da alma, nos fazem refletir
sobre grandes acontecimentos, mas o amigo converte tormentas e
tempestades em chuva de sentimentos. É Jordana Mascarenhas quem
afirma: “Não podemos chamar de rico o homem que não tem livros, mas
podemos afirmar que é mendigo o homem que não tem amigos...” "

sexta-feira, 23 de julho de 2010

-Helena Frontini-


Adornment

Primeiro amor

Guardo tua memória esmaecida numa arca
Junto ao diário confidente e a boneca de louça.
Papéis de cartas, selos de meu pai, flores secas
Poemas romanticos e mil coisas de valor,
Embalados em meu apreço puro e sentimental.
O ar não ocupa espaço e tudo é preservado
Minhas lembranças e sonhos de menina...
Tua foto, relíquia de meu querer adolescente
Doce enlevo, sem meandros, sem final.
Nunca o beijo e as mãos dadas, apenas os olhos
Consentindo tudo, silenciosamente.
Outros céus chamaram-te e fostes docilmente...
Em minha arca guardo tesouros preciosos
Dentre eles, meu primeiro amor.

-Helena Frontini-

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Naemo

RAMA
Fostes no vento a folha mais leve.
A que meu olhar descreve,
Afugentada do meu abraço.
A guilhotina, a faca acima,
Os atônitos olhos não veriam em cena,
A sala fechada, nenhuma fresta, se via,
E corria a fita, o planetário inteiro.
Pelo sangue soube-se
De quem era o pescoço,
Um esboço feito na areia,
De prantos e gemidos, triturados.
A agonia das horas,
Torciam contra e a favor
Do desfecho excomunal,
Do punhal posto na mesa.
Ganhara o mais munido,
Logrou a munição de um novo inverno,
Os que arrebentam no cadafalso
Sozinhos, levando a história.
Em seus solitários caminhos.
Um herói da guerra inaudita,
Dos planos de partilha
Das vestes daquele só.
Que já chegara nu
Coberto dos olhos cegos
Das mentes vazadas
Da mesma visão,
Do pó, do chão.
O veredicto foi simples
A medida da tarde não previa
Esta enfeitada teia prisioneira
Da aranha, pelo céu.
Naeno

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Ballet

De 21 a 25 de Julho de 2010

Bailado “Veleda” – Solo da Bailarina Joana von Mayer Trindade

Local: Museu do Traje, às 18h30

Organização: Câmara Municipal de Viana do Castelo

Criação/Performance: Joana von Mayer Trindade.

Colaboração Artística/ Direcção: Hugo Calhim Cristovão.

Bombo: Paula Cepeda Rodrigues.

Colaboração Especial: Valquiria Valhalladur

Duração: 30 Minutos

Agradecimentos: Orfeão do Porto, Paulo Trindade, Rui Nascimento e Joca (Viana Bombos - Grupo de Bombos da Casa dos Rapazes de Viana do Castelo) e Maria Veleda.

SINOPSE

Maria Veleda revelou-se uma evidência, o ponto de partida para a criação deste solo. Pelo seu percurso de não compromisso que lhe condicionou o fim da vida em pobreza material, em quase indigência e miséria, um facto que deveria pesar sobre todos nós.

Pelas significações múltiplas da sua presença histórica, desde a luta política metamorfoseada em opções radicais até à curiosidade da sua dedicação ao esoterismo, em paralelo com posturas sempre avançadas e dissonantes com o seu tempo no que diz respeito à mulher, à família, às relações interpessoais. 

Pela lucidez com que analisou os resultados da República por que lutou, após esta se ter implementado, e por perceber a carga de sofrimento e alegria que se gera e paga pelos sonhos de tornar o mundo mais humano. 

Pelo modo como a sua crítica sempre incidiu sobre os factores de desumanização manifestos nas lógicas do poder e das abstracções que o sustentam, a revolução que se imobiliza em instituições. 

Pela particularidade do seu pseudónimo “Veleda” (uma “Völvur”) e o modo como este se conjuga em estranheza com o primeiro nome “Maria”, à partida uma implicação que apenas na síntese se poderá descobrir: o arquétipo da mãe do cristianismo (de Cristo) entrelaçado com o de uma profetisa guerreira impregnada de rebeldia e violência contra o império romano.  

Pelas associações fonéticas e subjectivas que o seu nome logo despertou, uma vereda embebida em veludo, um veludo que se pode queimar como combustível e fazer arder estes espelhos da memória, do desejo, e das realidades factuais de que se nutrem as repúblicas: veículos prenhes de utopia. 

O percurso partiu de espirais, de suspensões a traçar as fracturas do caminho. De um bater sempre presente a pedir necessidade, urgência de transformação, espírito de acção, contaminação, ironia e sarcasmo. De uma afirmação que não se compromete e não se cessa.

Hugo Calhim Cristovão / Joana von Mayer Trindade

BIOGRAFIA

Joana von Mayer Trindade
Performer, Coreógrafa, Intérprete. Membro e co-fundadora com Hugo Calhim Cristovão da NuIsIs ZoBoP. Licenciada em Psicologia. Curso de Interpretes de Dança Contemporânea (1999), Reciclagem de Monitores de Dança para a Comunidade (2001), ambos promovidos pelo Forum Dança, “Essais” (2006) no Centro Nacional de Dança Contemporânea de Angers (França), Certificate Course in Yoga da Benares Hindu University em Varanasi, India (2008)  Yoga Teachers Taining Course na Patanjali Yoga Foundation em Rishikesh, India (2008). Trabalhou com Antonio Carallo, Wil Swanson, Paulo Henrique, Olga Roriz, Sónia Baptista,  Filipe Viegas,  Ana Clara Guerra Marques, Deborah Hay, Emmanuelle Huynh, Hugo Calhim Cristovão e Eric Didry. Destaca as peças: “She Will Not Live” (uma criação  NuIsIs ZoBoP de Hugo Calhim Cristovão e Joana von Mayer Trindade);  “A Woman With Two Lemons” (criação de Joana von Mayer Trindade baseada na peça de grupo “My Country Music” da coreógrafa Deborah Hay) e “Between Being and Becoming”(criação de Joana von Mayer Trindade para a companhia Edge do “The Place-Contemporary Dance School of London”). Bolseira do Centro Nacional de Cultura no Japão (2002) para pesquisa e prática de Butoh com Min Tanaka na Body Weather Farm, e  Zen da tradição Soto no Zazen Dojo Antai-Ji.

sábado, 17 de julho de 2010

photografias -MARA

photografias
ontem só fotografei rosas
rosas de todas as cores
amarelas brancas vermelhas
rosas de um suavíssimo odor
todas elas com vários nomes
de York, damascenas, empereur du maroc
green rose e até high hopes
dei conta que há rosas quase mortas
em casas a que chamam lares
a maior parte com nome de santos
acho estranho que haja contentores
para esconder a solidão das rosas
sentadas à mesa parecem pessoas
presas a uma cadeira de rodas
observo com tristeza e espanto
que estas rosas são rosas do meu pranto
Maria Azenha

Walkmen

 

 

walkmen-6b9d-cae0

The Walkmen quiseram "agradecer a Portugal" com novo disco

Álbum chama-se Lisbon e é sinal de gratidão dos norte-americanos pela hospitalidade nacional. Saiba mais.

O próximo álbum dos norte-americanos The Walkmen é uma homenagem à hospitalidade portuguesa, revelou o vocalista Hamilton Leithauser em entrevista à rádio NPR .
"Fomos duas vezes a Lisboa, enquanto escrevíamos o disco. Nenhum de nós alguma vez tinha ido lá e ficámos entusiasmadíssimos com [a cidade]. A topografia e a arquitetura são incrivelmente bonitas. Mesmo quando estivemos lá [no inverno] - não parou, literalmente, de chover - foi uma viagem que empalideceu muitas das outras", disse Hamilton Leithauser.
"Nunca tivemos muita sorte na Europa e os portugueses foram incrivelmente hospitaleiros. Acho que aquelas duas viagens ajudaram-nos a manter a motivação enquanto fazíamos este disco. Chamamos-lhe Lisbon como forma de agradecimento e pequena homenagem".
Os Walkmen estiveram em Lisboa no final de 2008, para um concerto no Teatro Tivoli (Super Bock em Stock) , e no verão de 2009, no Estádio do Restelo (Super Bock Super Rock).
O novo álbum, Lisbon , sucede ao aclamado You and Me e chega em Outubro. Ouça aqui a nova "Stranded":

Buddy Guy Tribute

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Alquimias:
Que as lágrimas não nos impeçam de nos lembrar que uma pessoa que chega na nossa vida é um presente que nos foi oferto.
Há presentes assim valiosos que não duram muito, quando nossos corações desejariam que durassem eternamente e ignoramos por que eles se vão quando a vida parece apenas começar.
Mas se nos perdemos nesse mundo de questões sem respostas, a dor será muito maior que as lembranças de tudo o que a vida nos permitiu juntos enquanto durou a caminhada na terra.
Se tivéssemos que voltar atrás, teríamos preferido não ter encontrado, não ter conhecido, somente por que não pudemos guardá-lo no nosso seio mais tempo?
Não...
O vento passa, mas nos refresca; a chuva vem e vai, mas sacia a terra. O importante mesmo não é a quantidade de tempo que as coisas ou pessoas duram, mas a riqueza que elas trazem à nossa alma, o amor que nos permitimos dar e o que aceitamos receber.
As dores das partidas definifivas são indizíveis, indefiníveis, mas que elas nunca nos impeçam de nos lembrar da vida compartilhada.
Que as lágrimas não nos impeçam de sorrir novamente um dia quando a dor for mais amena e as lembranças felizes começarem a voltar, como as flores no jardim a cada primavera.
A eternidade existe para que esperemos por ela, para que tenhamos o consolo de saber que um dia, se o Deus-Pai permitir, Ele que nos ama de amor infinito, poderemos novamente nos encontrar.
* * *
Beijo com carinho
Teka

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Doors

Mulher

Mulher
.
A tua delicada e macia pele
Os teus lábios juntos aos meus;
O encontro de dois Mundos distintos,
Dois sonhos que se cruzam e se unem
Dois corpos que se fundem num.
Dentro desse sonho abstracto e irreal
Nossas mãos se cruzam neste ritual
Secreto e silencioso
Uma só palavra é pronunciada
Olhares interligados que se devoram;
Odores exóticos e românticos
Versos lançados ao vento do norte,
Pétalas que caiem no chão
Neste Outono com odor
É o amor
E em ti minha sorte
Mulher
.
by Jorge Pereira


A MAIS BELA ESTRELA

Foi numa noite em que eu
me sentia sozinho.

Nessa noite, como sempre fazia,
parei para olhar o céu,
a lua estava tão linda que
não pude deixar de admirá-la.

Eu parecia hipnotizado por sua beleza,
Por seu reflexo na água.

Mas por um minuto, algo mais forte
chamou-me a atenção: era uma estrela
que brilhava mais forte que as outras.

Parecia querer dizer-me algo,
Mas eu era incapaz de entender
E foi nessa hora que eu fiz um pedido àquela estrela.

Pedi que troxesse um amigo pra mim.
E foi então que conheci
a mais bela e brilhante estrela..VOCÊ
.
by Jorge Pereira
.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

manwriting

POÉTICA

O que é a poesia?

uma ilha

cercada

de palavras

por todos os lados

Que é o poeta?

um homem

que trabalha o poema

com o suor do seu rosto

um homem

que tem fome

como qualquer outro

homem

Cassiano Ricardo

terça-feira, 6 de julho de 2010

Picasso

quadro-arte-picasso-929f

 

Nova Iorque, EUA
Pablo Picasso Superstar
Se há um artista que consegue atrair aos museus milhares de visitantes, ele é Pablo Picasso. Verdadeira estrela no universo das Artes, o espanhol nascido em Málaga vê-se agora como cabeça-de-cartaz em duas importantes "salas" nova-iorquinas

Trezentos traballhos vezes milhares de visitantes, no Met; mais 100 gravuras no MoMa, e outras milhares de pessoas. Filas à porta dos museus e toda a gente na expectativa de poder dizer, um dia, "fui ver a exposição de Picasso em Nova Iorque". Ou em Paris ou em Madrid, que o discurso seria o mesmo. Mas agora Pablo Picasso brilha em Nova Iorque, em duas mostras patentes em dois dos mais importantes museus do mundo: no The Metropolitan Museum of Art (Met) e no The Museum of Modern Art (MoMa). Nova Iorque está por conta dele.

Até 1 de Agosto, o Metropolitan expõe todo o seu acervo de obras de Picasso, numa exposição a que deu o nome de Picasso at The Metropolitan Museum of Art. Trata-se de uma visão global da carreira do pintor, desde os arlequins dos períodos azul e rosa até às figuras abstractas que marcaram a sua fase cubista. Mas também desenhos, alguns deles expostos pela primeira vez ao público. Muitas das pinturas revelam detalhes até agora desconhecidos, que foram descobertos pelo uso da reflectografia, o que permitiu aos experts da obra de Pablo Picasso desbravar minuciosamente a tela. Pinturas como La Coiffure (1906), por exemplo, indicam-nos o uso de três camadas de tinta por baixo da imagem definitiva. Mas este é, apenas, um "enorme pormenor"... Em trinta e quatro pinturas, 58 desenhos e aguarelas, dez peças de cerâmicas e duas esculturas, além de centenas de desenhos, os nossos olhos irão seguramente descobrir outros pormenores. Em telas como Self-Portrait Yo (1900), Portrait de Gertrude Stein (1906), Woman in Profile (1901), Woman in Green (1901) At Thee Lapin Agile (1905), Still Life With Mandolin and Galette (1924), Dora Maar in a Wicker Chair (1938) ou Jacqueline With a Headband (1962). E ainda em The Actor (1904-05), recentemente restaurando, depois de uma visitante ter caído sobre ele.

Esta é, na verdade, uma apaixonante mostra dedicada a Picasso. Mas não é a única a decorrer em Nova Iorque. O MoMA, por seu lado, organizou Picasso: Themes and Variations. Menos ambiciosa, mas não menos interessante, esta mostra apresenta 123 obras do seu espólio e explora o seu processo criativo na realização de gravuras. Conhece-se a sua evolução artística, mostra-nos como utilizou esta técnica e como se inspirou nela para encontrar outros rumos. Nela são abordados 20 temas queridos ao pintor: os saltimbancos, as mulheres e as amantes, os nus e o cubismo, os minotauros... onde se incluem as aquisições de obras deste artista pelo MoMA nos últimos 15 anos.

Não é de hoje, nem de ontem: Pablo Picasso conseguiu há muito um lugar cimeiro no top das tabelas da arte mundial. Onde ele está, o êxito está assegurado, as bilheteiras estão garantidas. Pablo Picasso Superstar?
The Metropolitan Museum of Art
1000 Fifth Avenue, Nova Iorque
www.metmuseum.org
Até 1 de Agosto

The Museum of Modern Art
11 West Street 53, Nova Iorque
www.moma.org
Até 30 de Agosto

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Carro que voa

 

A Administração Federal Americana (FAA na sigla americana) aprovou a construção de um protótipo de avião com quatro rodas, para poder circular nas estradas como veículo normal, apesar de exceder em 50 quilos o limite máximo permitido.

O "Transition" tem autonomia de voo de cerca de 700 km, capacidade para duas pessoas e consegue atingir a velocidade de 185 km/h no ar. Para se obter licença para pilotar o "Transition", bastam apenas 20 horas de voo.

Movido a gasolina, o "Transition" dobra as asas em apenas 30 segundos, tornando-se em carro, podendo ser arrumado numa garagem. Tem tração nas rodas dianteiras para circular na via pública e um propulsor para o voo.

Segurança é uma das vantagens

De acordo com a Terrafugia , empresa que desenvolveu o protótipo, a segurança é uma das vantagens do carro, uma vez que pode andar na estrada quando o tempo não estiver propício à aviação.

Este carro-avião pode alterar "o mundo da mobilidade pessoal", custa cerca de 160 mil euros e estará disponível no final

BRASILIA


 


simbolismos na nova capital - o que os monumentos de brasília escondem

 

 
© 2008 Karla Weber

Há 55 anos iniciavam-se as obras de um projeto ambicioso: transferir a capital brasileira mais uma vez. Depois de duas cidades litorâneas (Salvador e Rio de Janeiro), pretendia-se interiorizar o país, mas desta vez movendo a sede para uma cidade que ainda não existia.
Visando o desenvolvimento econômico da região juntamente com estratégias militares de defesa, o canteiro de obras batizado de Brasília surgia em meio ao planalto central e às árvores retorcidas do cerrado. A promessa de criar uma
metrópole em uma região desértica tirou a credibilidade do então presidenteJuscelino Kubitschek. Contrariando as expectativas dos mais céticos, em cinco anos Brasília foi inaugurada por um "louco".

Um concurso foi realizado, e a ideação urbanística de Lúcio Costafoi a escolhida. Baseada em um plano cartesiano, onde todos os endereços da cidade se desenvolvem de acordo com a sua lógica matemática, o chamado "plano piloto” abriga as ruas (ou vias), avenidas (ou eixos), parques, setores comerciais e superquadras, que, por sua vez, conteriam ou edifícios (ou blocos). A ausência de esquinas e a organização por números pode parecer complicada à primeira vista, mas já soa familiar a todos (ou quase todos) os habitantes. Os vãos livres e inserções de imensas áreas verdes entre as edificações fazem valer o conceito de “cidade-parque”.

Oscar Niemeyer é o mais famoso projetista dos monumentais edifícios públicos, comerciais e residenciais.Seus traços modernos consistem em formas à base de concreto armado que impressionam tanto pelo atrevimento curvilíneo quanto pela imponência. Assim como muita obra de arte, suas edificações às vezes são vistas como meros devaneios estéticos, mas carregam significados despercebidos por grande parte da população.

Para abrigar o que há de religioso em quase todo ser humano,
Niemeyer projetou um democrático centro ecumênico, mas, devido à maioria católica do país, a edificação acabou servindo como igreja, batizada como Catedral Metropolitana de Brasília Nossa Senhora Aparecida. Sua forma arredondada permite apreciação de qualquer ângulo e a entrada subterrânea não compromete a simetria do monumento. Seus pilares de concreto são fixados ao chão por um ponto mínimo, e se apoiam apenas na parte médio-superior, voltando a se convergir no alto. Um gesto de súplica e de comunicação com algo maior é criado naturalmente. Alguns arriscam até a dizer se tratar de uma representação abstrata de duas mãos em posição oratória. As paredes são vitrais abstratos da artista Marianne Peretti, que criam um jogo de luzes coloridas e dão a impressão de expandir ainda mais o espaço.

 

 

 

O famoso fundo de reportagens televisivas de cunho político consiste em duas torres de 28 pavimentos atrás de duas cúpulas. A convexa fica logo acima do plenário da Câmara dos Deputados e representa o contato direto com o povo, como se, virada para cima, fosse a veia de acesso do eleitor para com o governo. A côncava abriga o plenário do Senado e, virada para baixo, representa a centralização nos projetos que lhes foram enviados pela Câmara.
A intenção de Niemeyer ao fazer as torres formarem um grande “H” é que todos os ocupantes dos prédios públicos não se esqueçam das virtudes humanas.

A Ponte Juscelino Kubitschek – ou Ponte JK – foi a terceira construída sobre o Paranoá, um grande lago artificial idealizado tanto para fins paisagísticos quanto para amenizar a baixíssima umidade relativa do ar da região. Da água, surgem os três arcos assimétricos que impressionam quem cruza os 1200m de extensão. O arquiteto Alexandre Chandiz ter sido inspirado “pelo movimento de uma pedra quicando sobre o espelho d’água”. A construção ganhou vários prêmios de arquitetura ao redor do mundo, e ficou conhecida pelos habitantes da cidade como “a ponte mais bela do mundo”.

 

O Museu Nacional Honestino Guimarães possui 90 metros de diâmetro e 28 de altura. Seria uma cúpula pura, se não fosse a rampa curvilínea flutuante que permite a saída dos visitantes. Construído 40 anos após a inauguração da capital, é um dos projetos mais recentes de Niemeyer, que conseguiu criar uma estrutura imponente ao mesmo tempo que simples. A leveza da edificação não toma o lugar das obras espalhadas em seu vão. É arte abrigando arte.

 

 

 

A forma piramidal de base quadrangular do Teatro Nacional Claudio Santoro é inspirada na arquitetura asteca, mas rende muitas críticas e comparações com ostentações faraônicas. Não importa se asteca ou egípcia: em qualquer cultura uma pirâmide remete à veneração,e Niemeyer decidiu venerar a arte dramática. O exterior do tronco, revestido de cubos brancos, é a maior intervenção urbana do artista plástico Athos Bulcão. O interior reúne três salas de espetáculos e espaçosos foyers com rico paisagismo de Burle Marx.

A mais jovem cidade a se tornar patrimônio cultural da humanidade é resultado de muita ousadia, persistência e força de trabalho. Continuar como referência modernista arquitetônica, artística e cultural faz da cinquentenária capital uma obra de grandes visionários.

domingo, 4 de julho de 2010

DIAS ESTRANHOS

Os dias estranhos descobriram-nos,
os dias estranhos acharam-nos o rasto,
vão destruir as nossas raras alegrias,
temos de continuar a tocar ou de procurar uma nova cidade.
Estranhos olhos enchem estranhas salas,
as vozes anunciarão o seu fim extenuado,
a hospedeira sorri, os hóspedes em pecado adormecem,
ouves-me falar em pecado e sabes que as coisas são assim.
Os dias estranhos descobriram-nos
e vamo-nos consumindo ao longo das suas estranhas horas
sós, confundidos os corpos, mal empregue a memória,
vamos trocando o dia por uma estranha noite de pedra.
(Jim Morrison (1943-1971)

(Tom Waits (n.1949)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

NUMA NOITE DE NEVOEIRO

Numa noite de nevoeiro, uma estrada abandonada
Na imagem de um espelho crepuscular
Sem sinais de uma estação de serviço
Ou de uma garagem nocturna.
Informaram-me mal, deram-me a direcção errada
O cruzamento nunca surgiu
E fiquei perdido sob uma lua ensanguentada
Numa noite de nevoeiro
Uma estrada abandonada numa difusa colagem de brocado,
Será um motel?
Não sei bem, será o que chamaríamos um albergue vazio?
Porque não há remédio, que raio de situação
Ficar perdido à deriva pelo meio de uma poalha azul
Sem o brilho de uma noite
Sem a chave de um feitiço
Num precário pandemónio
Numa noite de nevoeiro.
(Tom Waits (n.1949)

Aldous Huxley

 

Aldous Huxley

Nascimento
26 de Julho de 1894
Godalming

Morte
22 de Novembro de 1963 (69 anos)
Los Angeles

Nacionalidade
Reino Unido Britânico

Ocupação
Escritor

Gênero literário
Ficção científica

Magnum opus
Admirável Mundo Novo

Influências
Swami Prabhavananda, J. Krishnamurti, F. Matthias Alexander

Aldous Leonard Huxley (Godalming, 26 de Julho de 1894Los Angeles, 22 de Novembro de 1963) foi um escritor inglês e um dos mais proeminentes membros da família Huxley.

[editar] Biografia

Sua família incluía os mais distintos membros da classe dominante inglesa; uma vasta elite intelectual. Seu avô era Thomas Henry Huxley, um grande biólogo defensor da teoria evolucionista de Charles Darwin, tendo desenvolvido o conceito agnóstico. Sua mãe era irmã da romancista Humphrey Ward; a sobrinha de Matthew Arnold, o poeta; e a neta de Thomas Arnold, um famoso educador e diretor da Rugby School que acabou se tornando um personagem no romance "Tom Brown's Schooldays".

Estudou na aristocrática escola de Eton, que foi obrigado a abandonar aos dezesseis anos, devido a uma doença nos olhos que quase o cegou impedindo-o de cursar medicina. Mais tarde, ele recuperou visão suficiente para se formar com honra pela Universidade de Oxford, mas não suficiente para servir o exército britânico durante a Primeira Guerra Mundial. Em Oxford, engajou-se com a literatura pela primeira vez, conhecendo Lytton Strachey e Bertrand Russell, também se tornou um amigo íntimo de D. H. Lawrence.

Em 1921, lançou "Crome Yellow", o primeiro de uma série de romances e novelas que combinam diálogos emocionantes, e um aparente ceticismo, com profundas considerações morais.

Viveu a maior parte dos anos 20 na Itália fascista de Mussolini que inspirou parte dos sistemas autoritários retratados em suas obras.

A obra-prima de Huxley, "Brave New World" (Admirável Mundo Novo), foi escrita durante quatro meses no ano de 1931. Os temas nela abordados remontam grande parte de suas preocupações ideológicas como a liberdade individual em detrimento ao autoritarismo do Estado.

No ano de 1937 Aldous Huxley mudou-se para Los Angeles, e em 1938, no auge da sua carreira, chegou a Hollywood, como um de seus mais bem remunerados roteiristas. Nessa fase, escreveu romances como "Também o cisne morre" (1939), "O Tempo pode parar" (1944), "O macaco e a essência" (1948).

O cinema para Huxley foi uma aventura tão fascinante quanto suas descobertas e experiências com a mescalina, narradas em "As portas da percepção" (The Doors of Perception), de 1954, livro que influenciou em muito a cultura hippie que florescia, dando nome por exemplo à banda The Doors, pois tais relatos com a droga indígena se assemelham em muito com o LSD que estava em ascensão. Dois anos depois, viúvo, casou-se novamente e publicou "Entre o céu e o inferno".

Huxley viajou ainda pela América Central e em 1958 visitou o Brasil, tendo conhecido os índios do Xingu e as favelas do Rio de Janeiro.

Em 1959, foi agraciado pela Academia Americana de Artes e Letras com um prêmio por seus romances. Tal premiação era concedida a cada cinco anos e havia sido entregue anteriormente a Ernest Hemingway, Thomas Mann e Theodore Dreiser.

Huxley permaneceu quase cego por toda a sua vida. Sua esposa, Maria Huxley, faleceu em 1955. Um ano mais tarde, Huxley casou-se com Laura Archera. Ele morreu em 22 de Novembro de 1963 na sua pequena casa de Los Angeles.

Huxley produziu um total de 47 livros ao longo de sua vida. O crítico britânico Anthony Burgess uma vez afirmou que Huxley fora o pioneiro do "romance cerebral". No entanto, outras correntes de críticos classificaram Huxley como um ensaísta, ao invés de romancista, pois suas obras eram conduzidas mais apoiadas sobre suas ideias do que o desenrolar de personagens ou contextos de histórias.

[editar] Bibliografia

Esta é a cronologia de alguns de seus trabalhos mais conhecidos:

  • 1920 - Limbo, contos de estréia
  • 1921 - Crome Yellow, romance
  • 1923 - Antic Hay (Ronda Grotesca), romance
  • 1926 - Two or Three Graces (Duas ou Três Graças), contos
  • 1928 - Point Counter Point (Contraponto), romance
  • 1932 - Brave New World (Admirável Mundo Novo), romance
  • 1936 – Eyeless in Gaza (Sem Olhos em Gaza), romance
  • 1937 - Ends and Means (Despertar do Mundo Novo), ensaios
  • 1939 – After Many Summers (Também o Cisne Morre), romance
  • 1941 – Grey Eminence (Eminência Parda), bibliografia romanceada
  • 1943 – The Art of Seeing, ensaios
  • 1945 - Time Must Have a Stop (O Tempo Deve Parar), romance
  • 1946 – The Perennia Philosophy, ensaios
  • 1949 – Ape and Essence (O Macaco e a Essência), romance
  • 1952 – The Devils of Loudun (Os Demônios de Loudun)
  • 1954 – The Doors of Perception (As Portas da Percepção), ensaios
  • 1956 - Heaven and Hell (Céu e Inferno), ensaios
  • 1959 – Brave New World Revisited (Regresso ao Admirável Mundo Novo), ensaios
  • 1962 – Island, romance
  • 1978 – The Human Situation (A Situação Humana), ensaios

Annie Lennox - voz

Alguns dos melhores temas pop dos últimos anos ficaram a dever o seu sucesso à voz e interpretação impressionantes de Annie Lennox. Quer a solo, quer integrada nos Eurytmics, o seu repertório de sucessos é extenso: Sweet Dreams, Why, Here Comes the Rain Again, Walking on Broken Glass ou o belíssimo No More I Love You's. Mais recentemente emprestou também a sua voz a algumas bandas sonoras, como Love Song for a Vampire (Bram Stoker's Dracula, de Francis Coppola) ou Into the West (Lord of the Rings: The Return of the King). Muitos dos temas que interpreta não são necessariamente pop; são covers que na sua voz assombrosa adquirem uma nova dimensão. Assim foi em 1991 com uma famosa composição de Cole Porter: Every Time We Say Goodbye. Sublime.

Every time we say goodbye (Cole Porter)

Ev'ry time we say goodbye
I die a little,
ev'ry time we say goodbye
I wonder why a little,
why the gods above me
who must be in the know
think so little of me
they allow you to go.

When you're near
there's such an air
of spring about it,
I can hear a lark somewhere
begin to sing about it,
there's no love song finer,
but how strange the change
from major to minor...
ev'ry time we say goodbye.

Ev'ry time we say goodbye
I die a little,
ev'ry time we say goodbye
I wonder why a little,
why the gods above me
who must be in the know
think so little of me
they allow you to go.

When you're near
there's such an air
of spring about it,
I can hear a lark somewhere
begin to sing about it,
there's no love song finer,
but how strange the change
from major to minor...
ev'ry time we say goodbye.

Ev'ry single time
we say goodbye.

Amazonia

 

"Tainá – A Origem"

Vídeo com trechos da preparação do elenco do filme "Tainá – A Origem", com Wiranu Tembé, Beatriz Noskoski e Igor Ozzy. No filme, piratas da biodiversidade invadem a área da floresta amazônica onde vive Maya, jovem índia que é vitimada no ataque, deixando órfã a bebê Tainá (Wiranu Tembé). Abrigada entre as raízes da Grande Árvore, a criança é salva e criada pelo velho e solitário pajé Tigê. Cinco anos depois, ele leva Tainá à aldeia do seu povo, onde está para ser escolhido o novo líder defensor da natureza. Por ser menina, Tainá é impedida de se apresentar ao combate, mas pela herança de Maya, a última das Amazonas guerreiras, e com o apoio de Laurinha (Beatriz Noskoski), esperta menina da cidade, e do índio nerd Gobi (Igor Ozzy), a indiazinha parte para derrotar os malfeitores, desvendando o mistério de sua própria origem. Direção de Rosane Svartman. Produção de Pedro Rovai. Estreia prevista para janeiro de 2011. © Downtown

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Magrite

Gerry Mulligan

070708_blog_uncovering_org_miles-davis

Em 1949 Miles Davis assinou um contrato com a Capitol Records para gravar 12 temas destinados a ser editados em discos de vinil de 78 rpm. Na altura Miles tinha constituído um grupo mais extenso de que os habituais trios ou quartetos de jazz, composto por nove elementos, e procurava uma sonoridade mais elaborada e soft em alternativa aos temas rápidos que faziam a moda do bebop então em vigor. Apenas oito anos mais tarde, em 1957, os 12 temas foram reunidos num único e mítico álbum que recebeu o nome de Birth of the cool. A influência exercida por este álbum foi enorme. Como se não bastasse revelou ainda um músico espantoso e verdadeira alma do disco: Gerry Mulligan.