quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Vazios

 

Deita-te
nos algodões brancos
que preparei
já a pensar no sonho
Come regalada
dos meus labios
avermelhados de febre
que não se debatem
Mas não me interrompas
o silêncio
Saboreia do meu corpo
estendido
Pisa com o teu peito fragil
o meu
Que te envia
Em ritmado tambor
e neste movimento igual
o teu respirar
axfixiado pelo meu
Nada me perguntes..
Pelas frinchas do meu ser
a neve cai
eu escrevo
na alma só de vazios

by Jorge Pereira

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