RAMA    
Fostes no vento a folha mais leve.     
A que meu olhar descreve,     
Afugentada do meu abraço.     
A guilhotina, a faca acima,     
Os atônitos olhos não veriam em cena,     
A sala fechada, nenhuma fresta, se via,     
E corria a fita, o planetário inteiro.     
Pelo sangue soube-se     
De quem era o pescoço,     
Um esboço feito na areia,     
De prantos e gemidos, triturados.     
A agonia das horas,     
Torciam contra e a favor     
Do desfecho excomunal,     
Do punhal posto na mesa.     
Ganhara o mais munido,     
Logrou a munição de um novo inverno,     
Os que arrebentam no cadafalso     
Sozinhos, levando a história.     
Em seus solitários caminhos.     
Um herói da guerra inaudita,     
Dos planos de partilha     
Das vestes daquele só.     
Que já chegara nu     
Coberto dos olhos cegos     
Das mentes vazadas     
Da mesma visão,     
Do pó, do chão.     
O veredicto foi simples     
A medida da tarde não previa     
Esta enfeitada teia prisioneira     
Da aranha, pelo céu.    
Naeno 
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Naemo
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