segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Wikipedia
Mulheres à margem da Wikipedia
Apenas 13% dos artigos da enciclopédia aberta são escritos por mãos femininas. A meta é chegar a 2015 com 25% de contributos assinados por mulheres.
A polémica surgiu quando o "The New York Times" revelou que apenas 13% dos verbetes da Wikipédia são assinados por mulheres. Uma das principais fontes de conhecimento da Internet aparece, assim, com uma forte marca sexista, onde a participação feminina se tem mostrado inferior à de outros fóruns.
O tema chegou ao "El País", que, num blogue, prefere interpretar a situação como sendo resultado de diferentes usos da Internet, conforme o género do utilizador. Seja como for, a fundação responsável pela Wikipédia já anunciou que pretende alcançar a meta de 25% de verbetes assinados por mulheres até 2015.
O jornal espanhol afirma, por exemplo, que as mulheres lideram a adesão às redes sociais e ao comércio eletrónico, baseando-se em dados de um estudo da consultora ComScore. Haverá mais mulheres associadas ao Twitter, embora os homens passem mais tempo a partilhar as suas impressões.
domingo, 27 de fevereiro de 2011
Mafalda Sacchetti
» Mafalda Sacchetti Foto: Mário Galiano
Filha do músico Paulo de Carvalho e neta da escritora Rosa Lobato de Faria, a vida artística só poderia estar no caminho desta cantora de 33 anos, que lança em breve o segundo álbum.
Mafalda Sacchetti nasceu em Lisboa, a 12 de Março de 1977, no seio de uma família ligada à música e à escrita: o pai é o músico Paulo de Carvalho, a sua avó materna era a romancista, guionista e letrista Rosa Lobato de Faria. Frequentou o Liverpool Institute for Performing Arts, estudou no Conservatório de Música de Lisboa e tirou ainda o curso superior de Design de Interiores na Fundação Ricardo Espírito Santo. Mas a música sempre foi a sua grande paixão e depois de ter lançado o primeiro álbum, Imprevisível, em 2004, prepara actualmente o segundo, que será, adianta, bastante mais maduro e pessoal, mas com o mesmo tipo de sonoridade.
O Bar
Onda Jazz
Se queremos encontrar os grandes cantores e músicos "da nossa praça" vamos ao Onda Jazz, em Lisboa. Apesar do nome, não é só jazz que se ouve neste espaço, mas é garantidamente boa música, tocada genuinamente com muito gosto/gozo. Quem nos recebe faz-nos sentir parte de uma família e é isso mesmo que este bar passa a ser.
O Concerto
Nine Inch Nails
Dos Nine Inch Nails, em qualquer parte do mundo. É quase inexplicável a quantidade de sensações que consigo ter numa só música em cada concerto. Desde a composição à luz, passando pelo contraste de sonoridades e a profundidade das letras, esta é, definitivamente, a minha banda de eleição. Os concertos de Nine Inch Nails são dos poucos que me deixam nervosa minutos antes de começarem e quando acabam tenho a sensação de ter levado uma injecção de adrenalina e de me ter perdido durante umas boas horas. Fazem-me sentir livre e viva.
O Restaurante
Vila Lisa, Mexilhoeira Grande
O segredo deste restaurante é a simplicidade. Desde a decoração à forma informal como somos recebidos e, finalmente, à comida. Por fora é uma casinha caiada pela qual ninguém dá nada se não souber o que vai lá dentro. Mas por dentro as paredes estão forradas de quadros pintados pelo próprio Vila, misturados com pratos de loiça regional, ramos de louro e abróteas arrepiadas. Tenho o privilégio de lá ir desde sempre e, como tal, sou recebida como se estivesse em casa.
A Peça de teatro
"As Encalhadas"
Uma peça leve, mas bastante divertida que faz rir do princípio ao fim. As Encalhadas é uma peça indicada para homens e mulheres de todas as idades ou estados civis que queiram ficar bem dispostos. As músicas têm letras deliciosas, estão bem construídas e ficam no ouvido. As actrizes - Helena Isabel, Maria João Abreu e Rita Salema - fazem a festa de uma forma surpreendente. Em digressão.
Blaxploitation
Blaxploitation, a força dos negros
O cinema norte-americano demorou para dar espaços aos negros, mas quando isso aconteceu, surgiu uma explosão de criatividade.
O “cinema negro”, por excelência, sempre foi marginalizado. Em especial nos Estados Unidos, onde somente em 2002 uma atriz e um ator negro conseguiram abiscoitar os melhores prêmios na principal cerimônia do país, o Oscar. Se levarmos em conta ainda o cinema europeu, o panorama é mais desolador. Nenhum diretor de renome e raríssimos atores. No Brasil, apesar do renascimento do cinema, não há nenhum diretor negro, ainda que bons atores tenham surgido, como Lázaro Ramos. O cinema africano, apesar de existir, raramente atinge um público abrangente, sendo relegado aos festivais hipermega-alternativos para cinéfilos convictos e dependentes. Ainda que nomes importantes como Abderrahmane Sissako ganhem financiamento europeu para produzir seus filmes e apresentem um talento indiscutível, é muito pouco para o continente africano.
Para se conseguir alguma consistência do cinema negro, não resta dúvida que devemos olhar para a produção de Hollywood, que desde a década de 70 percebeu que o filão era muito bom e importante para se desprezar. Se em The jazz singer, de 1927, um ator branco pintou o rosto de negro, na década de 60 Sidney Poitier tornou-se um ícone de respeito, com grandes atuações em fitas como Advinhe quem vem para jantar? e Ao mestre, com carinho, ambos de 1967, Poitier abriu portas. Com a liberdade civil ganhando cada vez mais força nos EUA, nada mais natural que a década de 70 pudesse ser o cenário ideal para que os negros fizessem uma grande invasão.
Junto com essa conquista nos cinemas, na música, os negros ganhavam cada vez mais espaço com Funkadelic, the Impressions, Sly`s and Family Stone e até mesmo James Brown, que produziam músicas cheias de mensagens políticas e sociais, junto com todo o ritmo. As paradas de sucesso provavam que havia demanda para “música com mensagem”. Natural que os negros buscassem no cinema uma resposta similar.
Foi o que aconteceu. Ainda que conhecido como movimento “blaxploitation”, a indústria cinematográfica se deu conta de que poderia faturar bastante fazendo filmes dirigidos à comunidade negra e também para apreciadores de cinema. Surgiu uma estética interessantíssima, que hoje ecoa em trabalhos de diretores como Quentin Tarantino e até mesmo no modernete David Fincher.
Cores berrantes, perseguições incansáveis, humor ralo e chulo, heróis de caráter duvidoso, violência, violência e mais um pouco de violência era as marcas registradas do blaxploitation. Com todo este jeitão rebelde e tosco por natureza, o cinema negro norte-americano começava a sair do limbo para ganhar força de movimento cultural. A excelente Pam Grier marcou época com suas personagens-heroínas sexys sempre de batom rosa e calças justíssimas. Basta ver filmes como The mack, Foxy Brown ou Superfly para render homenagens à Pam. Beyoncé Knowles prestou seu tributo ao atuar como Foxxy Cleopatra em Austin Powers e o homem do membro de ouro. Para quem nunca viu a atuação de Pam Grier na década de 70, a personagem de Beyoncé mostra muito bem como era.
Além de Grier, Ron O`Neil, Richard Pryor, Max Julien, Antonio Fargas e Melvin Van Peebles eram os caras. Apesar de toda a evidente apelação com excesso de violência e sexo, os filmes marcaram um jeito de fazer cinema de baixo orçamento e voltado somente ao entretenimento banal. O durão Richard Roundtree encarnando Shaft faz a prova final do gênero. Mas mais importante do que tudo isso, foi que o blaxploitation abriu portas para gente como o genial Spike Lee e seus filmes protesto da década de 80. Denzel Washington, Jada Pinkett-Smith, Halle Barry e Mario Van Peebles, todos, sem dúvida alguma, devem agradecer o estilo da década de 70 em suas maneiras de atuar. Também é nítido a influência do blaxploitation na música hip-hop da atualidade. Todos os elementos estão ali, basta ver um clipe de qualquer rapper.
Para conhecer um pouco mais do blaxploitation, vale a pena dar uma fuçada nas locadoras atrás dos filmes do gênero. Segue ai uma listinha que você pode usar como referência para auxiliar sua busca. Não se preocupe muito com o enredo, basicamente ou são comédias grosseiras ou são policiais violentíssimos. Ou, às vezes, são os dois. Talvez seja um pouco difícil encontrar no Brasil, mas nada que o site da Amazon não resolva.
Shaft, de Gordon Parks, EUA, 1971
Superfly, de Gordon Parks, EUA, 1972
Black mama, white mama, de Eddie Romero, EUA, 1972
The mack, de Michael Campus, EUA, 1973
Coffy, de Jack Hill, EUA, 1973
Foxy Brown, de Jack Hill, EUA, 1974
Cleopatra Jones and the casino of gold, de Charles Bail, EUA, 1975
Cooley high, de Michael Schultz, EUA, 1975
Friday Foster, de Arthur Marks, EUA, 1975
sábado, 26 de fevereiro de 2011
Maria Ângela Alvim
A volta
Tão só em prosseguir busquei sentido
e o caminho é sem regresso a quem caminha
por nenhum instinto além reconhecido.
Espaço meu ou de loucura, era sozinha.
Vinha de não sei onde, lar perdido
de mim mesma, ou infância. Vinha
quando apenas vi que recobrara o ido
antigo estar em tal estância, minha.
E tudo que abandonei, o a que deu termo
muda solidão pairando em grito ermo,
largo deserto visto em falso medo,
tudo que abandonei, faz companhia.
Enquanto, indo, um ocaso brando me assistia
eis que amanheço em mim, volto a ser cedo!
Maria Ângela Alvim
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Carmen Cecilia
Quando acordo e te vejo
Quando aflora o desejo
Vem insinuante. Latejante!
Mesclado com tons... Sons!
Emaranhado de cores e sabores...
Que desatinam
E me percorrem
Com suaves toques
Um leque de arco íris..
Sua cadencia... Cadencia-me!
Eloqüência em seqüência
Que emanam,
Seqüestram os sentidos
Não se enganam...
(Carmen Cecilia)
Underwater Dance
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Roger Waters
Roger Waters em Lisboa: concerto prestes a esgotar
Já só restam 3200 bilhetes para concerto de Roger Waters, em redor do álbum The Wall , dos Pink Floyd, no Pavilhão Atlântico.
O concerto de Roger Waters no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, está marcado para 21 de Março de 2011, mas segundo a promotora Ritmos e Blues os bilhetes estão quase a esgotar.
"Já só restam 3200 dos 16 mil bilhetes (...). Os ingressos estão disponíveis desde 5 de Junho e em apenas nove dias foram vendidos quase 13 mil bilhetes", pode ler-se no comunicado enviado esta semana à imprensa.
As entradas para ver o concerto de 30º aniversário do álbum The Wall , dos Pink Floyd, custam 40 euros (balcão 2), 55 euros (plateia em pé), 65 euros (balcão 1) e 80 euros (balcão 0).
Prometido para este espectáculo está um palco onde será construída uma parede de 10 metros e meio de altura e 73 de largura, derrubada durante a actuação.
Existe ainda a possibilidade de um segundo concerto de Roger Waters no mesmo local.
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Clarice Lispector
NÃO ENTENDER
Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.
Paris 26 Gigapixels - Interactive virtual tour of the most beautiful monuments of Paris
sábado, 19 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
A IGREJA E SEUS SILÊNCIOS
Freira expulsa de convento por usar Facebook
A freira María Jesús Galán tornou-se conhecida por usar o Facebook. E foi o mesmo Facebook que a tornou ainda mais famosa ao motivar a sua expulsão do convento de Santo Domingo el Real, de Toledo, Espanha.
Há muito que Maria Jesús Galán tinha a paixão das tecnologias: e foi por essa paixão que, no passado, venceu a renitência das irmãs de convento com a compra de um computador, que haveria de servir de ponto de partida para a digitalização de quase todo o arquivo local.
Com o aparecimento da Internet, Galán foi ainda mais longe e passou a ter o secular hábito de navegar na Net e tirar partido do potencial das redes sociais.
Ao cabo de 35 anos de vida conventual, a paixão pelas tecnologias tornou-se, por fim, a derradeira paixão de Galán - pelo menos enquanto freira. Tudo porque as irmãs de convento não aceitaram de ânimo leve a desenvoltura cibernética da religiosa de 54 anos, que já tinha ganho um prémio pelo trabalho desenvolvido na Internet e começou a granjear popularidade e seguidores no Facebook e afins.
Na passada terça-feira, Maria Jesús Galán anunciou na conta pessoal do Facebook que tinha sido expulsa do convento pelo delegado da Vida Religiosa e a madre prioresa. Na mensagem de despedida, é feita uma acusação contra as colegas quenianas, que alegadamente terão pressionado os órgãos dirigentes do convento.
Na Internet, multiplicaram-se as manifestações de apoio à ex-freira, que já se inscreveu no centro de emprego e já estabeleceu como objetivo de vida algumas viagens que a vida de clausura dificilmente poderia permitir, informa o ABC.
Apesar da exposição mediática, o gabinete do arcebispo de Toledo optou por não comentar o caso.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
A beleza num olhar
Qual a beleza de um olhar? Através de um conjunto de fotografias macro, podemos admirar a verdadeira beleza e complexidade do olho humano. O padrão aparentemente simples e uniforme, quando observado mais de perto, transforma-se e revela-nos uma complexidade de cores e formatos verdadeiramente extraordinários.
Qual o olhar que mais o seduz?
Amálgamas imagéticas
Amálgamas imagéticas: O Facebook pelos olhos de Phillip Maisel
Imagens, imagens, imagens. O olhar de cada um de nós é bombardeado, sem cessar, pela panóplia de imagens com que o quotidiano é construído. Seja em publicidade pela rua, na televisão ou no computador, temos acesso a tantas fotografias e imagens que perdemos a capacidade de as processar na íntegra. Phillip Maisel, fotógrafo conceptual, entrou nos álbuns fotográficos do Facebook e apresenta-nos uma perspectiva diferente daquela a que estamos habituados…
Se abrir um qualquer álbum de imagens do Facebook e passar incessantemente as fotografias à sua frente, o que obtém? Talvez um borrão de momentos especiais e outros quotidianos. Um borrão de pessoas, locais e memórias. Esta foi a experiência feita pelo fotógrafo conceptual Phillip Maisel que, após ver fotografias seguidas de mais e mais fotografias, ficou fascinado pela velocidade com que é possível visualizar milhares de imagens através do Facebook.
Desta conclusão resultou o trabalho fotográfico “A more open space” ("um espaço mais aberto", em português), intitulado a partir de uma citação do criador do Facebook, Mark Zuckerberg. Ao todo, vinte imagens são o efeito da sobreposição múltipla de vinte álbuns de imagens no Facebook. As imagens obtidas, sobrepostas e indefinidas, mostram-nos vidas que não são as nossas e que até já poderiam ter passado pelos nossos olhos, à velocidade de um relâmpago.
«Esta é a minha perspectiva sobre a reacção que tive a este afluxo maciço de fotos que todos vivemos hoje em dia», explica Maisel. O trabalho reflecte, à vez, o próprio processo humano de processamento das imagens com que se depara, mas também questiona as noções de privacidade e as fronteiras entre o que pertence à esfera do íntimo e o que deve ser mostrado na esfera pública.
Além de espicaçar o lado curioso e voyeur de cada um de nós, as fotografias das redes sociais, muitas vezes desprotegidas dos olhares anónimos, são a porta de entrada para mundos íntimos e familiares aos quais não pertencemos. Pelo menos antes do mundo da Internet nos ter feito entrar nestas vidas, quase de forma legítima.
O próprio Maisel reconhece que não sabe bem qual a opinião que tem sobre a privacidade e a Internet, apesar do fascínio que a questão lhe suscita. «Cada vez que encontro as fotografias de férias de um estranho no Facebook ou fotografias de um bebé colocadas por um pai que nunca conheci fico um pouco admirado de ter acesso a momentos tão íntimos e privados sem que haja um mínimo esforço da minha parte», comenta.
Para fazer este trabalho, Maisel utilizou a técnica fotográfica de longa-exposição perante um ecrã de computador onde corriam, em contínuo, fotografias de álbuns do Facebook. Cada imagem obtida tem o nome do álbum do Facebook que lhe deu origem. O artista usou os seus próprios álbuns digitais, assim como os de amigos e de perfeitos estranhos. Como inspiração, Maisel aponta o trabalho de Idris Khan e Jon Rafman que lhe fizeram pensar, respectivamente, na compressão do tempo numa só imagem e nas potencialidades da Internet como fonte de material criativo.
A mancha de diferentes fotografias e, por consequência, de diferentes vidas é também um novo olhar perante a realidade do mundo digital e das recordações efémeras. Quando parte da nossa vida é construída no ecrã do computador, o que acontece quando a máquina é desligada ou quando a conta do Facebook deixar de ser usada? Perdemos uma parte de nós?
E o que acontece ao borrão de fotografias das férias daquela tia (que não vemos pessoalmente há anos) que fizemos correr no ecrã em meros segundos? Será que as esqueceremos no meio do turbilhão contemporâneo de imagens ou ficarão guardadas, num cantinho da memória, longe de um qualquer botão “Off”?
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Crise no Egito
Jornalista da CBS hospitalizada após ataque sexual no Cairo
Lara Logan, uma das caras do programa "60 Minutos", sofreu o que a CBS News descreve "um brutal e continuado ataque sexual" na Praça Tahrir, no Egito.
Lara Logan fotografada na Praça Tahrir, no Cairo, no dia em que Hosni Mubarak abandonou a presidência do Egito
A cadeia televisiva norte-americana CBS News disse ontem que a sua jornalista Lara Logan está a recuperar num hospital norte-americano de um ataque de que foi vítima quando cobria os acontecimentos no Cairo, noticia a AP.
Lara Logan estava na Praça Tahrir depois de o Presidente egípcio, Hosni Mubarak, se ter demitido, quando ela, a sua equipa e os seus seguranças foram atacados por uma multidão de cerca de 200 indivíduos, afirma a estação, em comunicado. Separada dos seus colegas no meio da confusão, Lara Logan, que também é uma das caras do programa "60 Minutos" , sofreu o que a CBS descreve "um brutal e continuado ataque sexual".
Lara Logan, de origem sul-africana, com 39 anos, foi salva por várias mulheres e cerca de 20 soldados egípcios. Recuperou a ligação com a equipa da CBS e regressou aos Estados Unidos no sábado.
Pelo menos 140 jornalistas foram feridos ou mortos enquanto cobriam os acontecimentos no Egito, desde 30 de janeiro, segundo o Comité de Proteção de Jornalistas.