
Castidade      
    
Tens a alvura das flores da laranjeira     
Perfume exalado de noivas virginais.     
Teu porte de fidalga altaneira     
Num corpo de desejos angelicais.     
Meu verso descompassa em teu olhar     
Transparente e puro como cristal.     
Quer haurir o que prometes sem falar     
Mas, emudece ante teu vulto de vestal     
A chama sagrada que mantens acesa     
Arde em minha poesia de forma velada     
Tu, que és detentora de toda a realeza     
Dá-me o céu sem dar-me nada.     
     
-Helena Frontini-       
Sem comentários:
Enviar um comentário