
VINHAM ROSAS NA BRUMA FLORESCIDA   
Vinham rosas na bruma florescida    
rodear no teu nome a sua ausência.    
E a si se coroavam, e tingiam    
a apenas sombra de sua transparência.    
Coroavam-se a si. Ou no teu nome    
a mágoa que vestiam madrugava    
até que a bruma dissipasse o bosque    
e ambos surgissem só lugar de mágoa.    
Mágoa não de antes ou de depois. Presente    
sempre actual de cada bruma ou rosa,    
relativos ou não no espelho ausente.    
E ausente só porque, se não repousa,    
é nome rodopio que, na mente,    
embruma a brisa em que se aviva a rosa.     
FERNANDO ECHEVARRIA
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