segunda-feira, 31 de maio de 2010

Voos demasiado altos

 

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Voos demasiado altos

O rápido crescimento da economia brasileira Uma explosão de crescimento à escala da que aconteceu na China não pode ser sustentada. Mas coaduna-se com a recém-descoberta força do Brasil e vem mesmo a tempo para as eleições presidenciais.

 

Ao longo da Avenida Faria Lima, na zona comercial de São Paulo, estão a ser construídos novos arranha-céus. As vendas de computadores e de automóveis estão em alta e uma avalancha de passageiros invadiu os principais aeroportos. Entre Janeiro e Abril, o Brasil criou 962 000 novos empregos no sector da economia formal - o número mais elevado para o mesmo período, desde que os dados começaram a ser registados, em 1992. Tudo indica que, nos últimos seis meses, a economia cresceu a um ritmo anual de mais de 10%. Mesmo deixando margem para um previsível abrandamento, muitos analistas prevêem que, em 2010, o crescimento será de 7% - a taxa mais alta desde 1986.

O problema é que, embora possa estar a crescer à velocidade chinesa, o Brasil não é a China. Ainda poupa e investe demasiado pouco e, por isso, a maioria dos economistas considera que o Brasil está limitado a uma velocidade máxima de 5% ou sofrerá um colapso. A expansão de crescimento resulta em parte de medidas de incentivo adoptadas pelo Governo do Presidente Lula da Silva, quando a crise financeira mundial mergulhou o país na recessão por um breve período, em 2008. A dificuldade, dizem os críticos, é que boa parte da despesa extraordinária do Governo está a revelar-se permanente - e, assim, a economia começa a assemelhar-se a um Toyota com o acelerador a fundo.

A pressão começa a fazer-se sentir. As empresas correm atrás da pouca mão-de-obra qualificada existente. Nos últimos 12 meses, até Abril, a inflação chegou aos 5,3%, acima da meta dos 4,5% estabelecida pelo Banco Central. Pela primeira vez desde 2000, as importações deverão ultrapassar as exportações e o défice da balança corrente deverá aumentar para 3% do PIB. As autoridades começam a ficar preocupadas. No mês passado, o Banco Central aumentou em 0,75% a taxa de juro de referência Selic [a taxa básica utilizada como referência pela política monetária] - o primeiro aumento em quase dois anos. Em São Paulo, muitos economistas acreditam que, depois do primeiro aumento, outros virão, o que deverá fazer subir a taxa do nível de 8,76% para 13%, no próximo ano.

Os críticos do Governo dizem que a política orçamental pouco rigorosa está a tornar mais difícil a tarefa do Banco Central, o que faz aumentar o risco de o boom resvalar para um abrandamento brusco, no próximo ano. Quando assumiu o cargo de Presidente, Lula manteve a política orçamental sólida que herdou do seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso. Graças a um crescimento mais rápido e a receitas fiscais mais elevadas, entre 2003 e 2008, o Governo de Lula conseguiu manter a dívida pública sob controlo, ao mesmo tempo que aumentava a despesa. Ao abordar a recessão como "uma licença para gastar", o Governo está agora a enfraquecer a credibilidade que tinha acumulado, diz o especialista em finanças públicas de Brasília, Raul Velloso. Alguns altos funcionários partilham esta preocupação - até certo ponto. O Governo aboliu quase todas as reduções de impostos que tinha posto em prática, para incentivar a procura durante a recessão. Em 13 de Maio, os ministros declararam que, este ano, iam cortar 10 mil milhões de reais (mais de 4360 milhões de euros) de despesas operacionais do Governo federal. Este anúncio seguiu-se a um anúncio semelhante, feito em Março, de outro corte de 21 mil milhões de reais (mais de 9 mil milhões de euros). No entanto, não se pode dizer que isto seja meter travões a fundo. Os cortes afectam o orçamento magnânimo (e teórico) aprovado pelo Congresso. Mesmo que integralmente aplicados, iriam apenas abrandar a taxa de aumento das despesas governamentais, mantendo-a constante ou ligeiramente mais baixa em termos de percentagem do PIB, admite Nelson Barbosa, um alto funcionário do Ministério da Fazenda [secretário de Acompanhamento Económico].

O Governo continua a injectar dinheiro na economia, de duas maneiras polémicas. Em primeiro lugar, o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), cujos empréstimos têm custos de quase metade da taxa Selic, quase duplicou o número de empréstimos concedidos. E pôde fazê-lo, porque o Tesouro lhe concedeu dois empréstimos a longo prazo, no total de 180 mil milhões de reais. Esses créditos, sobre os quais o BNDES emitiu notas promissórias, provocaram acusações de "contabilidade criativa". Tais empréstimos aumentaram a dívida bruta do Governo sem no entanto fazerem subir a figura da dívida pública, que é escrutinada mais atentamente, depois de deduzidos os activos: situada nos 42,7% do PIB, esta voltou ao nível de meados de 2008 e é muito inferior aos fardos da dívida dos países europeus.

Em segundo lugar, o Governo também aumentou a despesa com salários. O número de funcionários públicos federais tem aumentado com grande moderação desde 2003 (à volta de 10%). No entanto, esses funcionários têm sido tratados com generosidade: entre 2003 e 2009, o total da folha de salários federal mais do que duplicou em termos nominais, embora a inflação fosse inferior a 50%. Lula também aumentou o salário mínimo muito acima da inflação, o que ajudou a tornar a distribuição de rendimentos menos distorcida e impulsionou a procura dos consumidores. Mas estes aumentos têm um efeito indirecto sobre as pensões de reforma. Nelson Barbosa insiste em que um crescimento mais rápido irá permitir ao Governo conter suavemente a despesa com os salários e com as pensões de reforma. O BNDES ajudou a sustentar o investimento, quando os mercados financeiros ficaram bloqueados. A última onda de tempestade financeira conduziu à depreciação do real em cerca de 5%, este mês. No entanto, as reservas internacionais acumuladas pelo Brasil significam que o país está em boa posição para fazer frente ao pânico dos mercados. Nelson Barbosa diz que os críticos deveriam analisar a tendência a longo prazo, no quadro da qual a taxa de juro real (ou seja, após inflação) caiu de 20%, em 2003, para entre 5% e 10%. Quando terminar a nova contracção monetária, a taxa descerá ainda mais, afirma.

Muitos europeus gostariam, sem dúvida, de ter os problemas do Brasil, cuja economia adquiriu uma força latente. As empresas esforçam-se por satisfazer a procura de bens de consumo por parte de uma classe média em rápida expansão, e a China continua a absorver as exportações brasileiras de matérias-primas. A produtividade está a aumentar. Os custos por unidade de trabalho estão a aumentar apenas a um ritmo que é metade da taxa de aumento dos salários reais, considera o consultor e antigo funcionário das finanças José Roberto Mendonça de Barros.

Mas os preços dos produtos de base estão a decair. O crescimento rápido ficaria mais bem garantido se o Governo criasse margem para taxas de juro mais baixas e disponibilizasse melhores infra-estruturas. O próximo Presidente, a eleger em Outubro, irá ter de enfrentar esta questão. Os excelentes resultados da economia no início deste ano, um ano eleitoral, aumentaram a possibilidade de ser a candidata de Lula, Dilma Rousseff, a ter oportunidade de o fazer.

(c)2010 The Economist Newspaper Limited. Todos os direitos reservados. Em The Economist, traduzido por

Fernando Pessoa

Doce França

Viagens

Amazonia


Ana Rodrigues
"Uma vez morta a galinha dos ovos de oiro.....!



De visita a Portugal a especialista em biodiversidade,36 anos hoje a trabalhar
em França no Centro Cientifico de Investigação dos maiores da Europa,explica que ariqueza temporaria
criada com a desflorestação da Amazonia para as populaçoes é temporária

Apesar de todos os projectosde conservação
das ultimas decadas o declinio
de muitas especies parece imparavel.É mesmo assim ou o esforço conpensa?

-O esforço não está á altura desafio,mas não
é em vão.está a fazer a diferença e é para continuar
Há especies que só existem hoje porque
houve um esforço de conservação.

Quais são as regiões do mundo prioritárias?

-Tipicamente zonas tropicais mas também ilhas e
áreas de montanha,que tem um elevado grau de endentismo:
Madagascar,andes a mata atlantica do Brasil e
o sudoeste Asiatico..(Indonesia,Filipinas)---Para plantas
não tanto para vertebrados,também a região mediterranica

(...)
Actulmente existe uma cresscente preocipação
com o ambientemas saõ as energias renovaveis
a concentrar quase todas as atençoes isso
tem prjudicado a conservação?

-É mais uma das dificuldades. As energias limpas e a
baixa produçao de dioxido de carbonosão
importantes,porque as mudanças climáticas são uma
das ameaças previstas para as especies.Mas
há conflitos especificos;barragens;éolicas...precisamos
de energias limpas,mas tem que se levar em
atenção o sitio onde se colocam.
Um dos seus estudos mais conhecidos (publicado
na revista Science)aponta para um boom de
desenvolvimento,para as populaçoes locais,associadas
a desflorestação da AMAZONIA
seguido de um colapso,quando os recursos acabarem....
-Os recursos naturais são renovavveis.Mas nós temos
estado a usar a Natureza como se fosse
uma mina de cobre;vai-se tirando e quando se chega ao fim,fecha-se a mina
e passa-se para a seguinte.
Explora-se mais que o do que é possivel renovar.No caso
da Amazónia,a floresta tem sido
tratada assim.Isto significa que há um pico de
desenvolvimento,de retorno economico,que
se traduz em melhorias de saude e na educação ,durante algum tempo,mas
depois de morta a galinha dos ovos de ouro.....
Demonstra que a politica de incentivo ao desenvolvimento d
a Amazonia(incluindo beneficios
fiscais para as pessoas irem cortar a floresta).só cria uma
riqueza temporária.Existem,realmente
mas depois no longo prazo,não permite um
desenvolvimento economico sustentado..

domingo, 30 de maio de 2010

"OISEAUX DE PASSAGE" -"Aves de arribação"



"OISEAUX DE PASSAGE"

Les rêves, les grands rêves que moi toujours adore,
Les rêves couleur rose, les rêves éclatants;
Ainsi que les colombes un autre ciel cherchants
J’ai vu les ailes ouvertes, si belles que l’aurore.

Autour de la nature, autour de la profonde
Et merveilleuse mère des fleurs, des harmonies,
Les rêves éblouissants, remplis d’amour et vie,
Trouvaient de l’espoir le plus doré des mondes.

Hélas!... -- mais maintenant, par des chagrins, secrets,
L’amour, les étoiles et tout ce qu’il nous est
Chéri -- le beau soleil, la lune et les nuages;

Tout fut plongé d'abord’ plongé dans le mystère,
Avec de mon coeur la douce lumière,
Les rêves de mon âme -- uns* oiseaux de passage!...

Cruz e Souza
in "Derradeiro"
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"Aves de arribação"
Os sonhos, grandes sonhos que eu ainda adoro
Sonhos cor de rosa, sonhos vívidos;
Como os pombos procuram outro céu
Eu vi as asas abertas, tão bela como a aurora.
Em torno da natureza, em torno do fundo
E maravilhosas flores mãe, harmonias,
Os sonhos deslumbrante, cheio de amor e de vida,
De esperança eram os mais dourado de todos os mundos.
Alas ... - Mas agora, com tristeza, segredos,
O amor, as estrelas e tudo o que
Cheri - o sol brilhante, a lua e as nuvens;
Tudo foi mergulhou, mergulhou no mistério,
Com o meu coração a luz doce,
Os sonhos da minha alma - uma passagem de aves *! ...
Cruz e Souza
em "derradeiro"

Questões


Questions...

What is your deepest darkest secret
The one that you just can't tell
The one that is keeping you alive,
Like a magical, unwinding spell

What is your deepest darkest desire
The one that is locked up inside
The one that is trying to get out
The one that is trying to stay alive

What is your deepest darkest dream
The one that repeats every night
The one that is stuck on your mind
The one that fills you with fright

What is your deepest darkest fear
The one that creeps up behind you
The one that covers your wrist,
With thousands of blood smeared lines

(DA)

sábado, 29 de maio de 2010

Steppenwolf na actualidade

Musica do Filme Easy Rider

Homenagem a Dennis Hooper



Dennis Hopper, 74 anos, morreu hoje às oito horas da manhã (hora local) na sua casa de Venice, em Los Angeles.

O actor, que ficou para a história do cinema pela participação em inúmeros filmes com especial relevo para Easy Rider, Apocalypse Now e Blue Velvet perdeu a batalha com o cancro, há vários meses em fase terminal.

Easy Rider será sempre um retrato icónico do espírito do rock'n'roll. Nunca será demais rever a cena inicial com Born to Be Wild dos Steppenwolf em banda sonora (video em cima)

Coors



Corpo Salgado

Corpo salgado
Conduz-me oh mar
Nesta rota de solidão
Na sede que cresce a rocha...
A dor de meu ser de sol ausente
No calor da tarde com corpo Salgado
A vaga do nosso tempo
E esta canoa transportando dissabores
Rasga na vida a onda
Na frescura do disfarce
E no gozo
O seu gemido

by Jorge Pereira

Musica Celta








Anarchopedia

 

 

 

 

 

2007062500_blog_uncovering_org_anarchy-tm Através dos tempos poucos conceitos foram tão incompreendidos e maltratados pelo ser humano como o conceito de “Anarquia”. Sistematicamente deturpada e frequentemente associada a conceitos como caos e desordem, a palavra anarquia deriva da raiz grega αναρχία – an (sem) e archê (governador) – e designa o ideal comum a todos aqueles que advogam a liberdade, a abolição do capitalismo, do estado e de qualquer tipo de autoridade que não seja livremente aceite.

&uotContrariamente ao advogado pelos seus detractores, a Anarquia constitui, para os seus defensores, o primado da Ordem e não o caos da Desordem, sendo a Liberdade, base incontestável de qualquer pensamento, formulação ou acção anarquista, o conceito que conjuga de forma absoluta todos os anarquistas.

A Anarchopedia é um projecto cooperativo, em desenvolvimento, para a criação de um portal de conhecimento aberto e comunidade on-line anarquista, semelhante à Wikipédia, ao Wikinfo, à Disinfopedia ou ao Marxists.org, que pretende contribuir para o fim dos preconceitos e da desinformação sobre os Ideais Libertários e enquadra-los numa perspectiva de alternativa válida ao vazio ideológico que caracteriza a época em que vivemos.

La corda

MEU AMADO

MEU AMADO
Penso no amor que sinto,
Nas nossas noites...
O amor acontecendo
A saudade de tudo que vivemos.
Sei que sem tua presença
Sou apenas uma mulher
Atormentada, perdida na solidão
Das noites enluaradas.
Amado meu! Olhe tua amada,
Volte para os meus braços,
Não me deixe sozinha sem
O teu braço apague a tristeza
Da ausência, da perda de viver
Longe da tua alma, história de
Um amor paralisado no passado.
Volte para tua casa deite tua cabeça
Cansada nas curvas do meu regaço.
Beije-me com o teu melhor beijo apazigúe
A dor sentida, perdida no rio do tempo
Do meu mais profundo sentimento. Meu amado
Vida da minha vida. Felicidade que não desejo mais perdida.
MÁRCIA ROCHA





sexta-feira, 28 de maio de 2010

Rui Reininho

Jazz


Sonhei contigo
E quando acordei
Minha cabeça
Estava cheia de ti
Meu coração
Estava repleto
Da tua essência
E pude então
Te sentir no meu corpo
E na minha boca
Teu gosto
Se fez real
Sonhei contigo
Tu estavas em toda a parte
Em todo o meu dia
Nas minhas horas..
E passei este dia
Acordada ,
Sonhando contigo
Como se
A tua presença
Nunca tivesse
Saido daqui , bem junto a mim.

A tua voz é música, é melodia
É uma sinfonia de poesia.
A tua respiração é calma
De quem simplesmente ama.
O teu sorriso é malicioso
É doçura, é caprichoso.
Os teus olhos são estrelas,
Pérolas brilhantes e belas.
Deitados lado a lado
De mãos entrelaçadas
O tempo vai passando.
Com palavras e sussurros
Provocantes de quem ama.
Abandonei o meu corpo
Para me unir ao teu.
Deliciosamente fui caminhando
Em linhas curvas de carinho
Pois eu sou toda tua.
Sem pressa senti o teu calor
O teu amor
Os teus caprichos no coração
Amo-te com toda a força da paixão
Beijo-te delicadamente,
O teu rosto, os teus lábios
Tenho-te no meu pensamento
Voas na minha mente
Não tenho presa
Quero unir o meu corpo ao teu
Num círculo de amor e paixão
Quero amar-te esquecendo a razão
Porque te amo de coração...



..Quando Penso Em Ti..


Quando penso em ti me excito
Quando escrevo, descrevo esse amor
Sinto o corpo a arder de desejo
Um prazer que corrompe o meu corpo
Pois é a ti que anseio…
É nas ondas do mar
Que revejo o teu corpo
No seu ondular, quero-te amar
Pois é esta excitação que me inspira
Em busca dos teus beijos
Perdida neste lago infinito
De amor e paixão
Cada poema que escrevo
É em ti que eu penso
É o teu ser que eu sinto
A pele arrepia-se de desejo
De te poder abraçar
Os teus lábios beijar
Simplesmente amar-te..
As letras vão saindo
Em pequenos versos de amor
Que escrevo com devoção
Com a alma e de coração
Pois Minha Vida!!
Amo-te de paixão…

quinta-feira, 27 de maio de 2010

A ÚLTIMA VALSA


Nesta valsa da vida desnudo-me para ti
Dançando mil valsas ao sabor do mar
Quando os teus olhos como luas de vento
Partiram em orvalhos de sofrimento
Nesta dança a compasso dos ecos do tempo
Na suavidade dos tempos na dor sentida
Ficarás eternamente nos sons da vida
Não olhaste para trás seguiste a dança
Perseguindo o sonho ao ritmo da valsa
Saberás que nela vivo e te sigo
Mesmo que ausente de ti
Persigo mil sois em cada flor
Em sangue e lágrimas de rima e dor
Na suavidade de uma valsa
Encontraste-te numa última
No meu coração na cadência do sonho
Na partida do passado ao encontro da vida
(Fátima Santos)

Minha Homenagem ao Jazz










quarta-feira, 26 de maio de 2010

Ravi Shankar

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Actor principal

adelaide ferreira

Poema

Quando vi o brilho dos teus olhos
Fiquei surpreendido
Quando toquei nos teus cabelos
Fiquei espantado
Quando beijei os teus lábios
Fiquei encantado
Agora que te olho por todos os lados
Estou loucamente apaixonado.

Como dizia o poeta

Portugal turismo

UM DIA...

UM DIA...

( Fernando Pessoa )

Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora,
das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que partilhamos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das
vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim...
do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje não tenho mais tanta certeza disso.

Em breve cada um vai para seu lado, seja
pelo destino ou por algum
desentendimento, segue a sua vida.
Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nas cartas
que trocaremos.

Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Aí, os dias vão passar, meses... anos... até este contacto
se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo...

Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e
perguntarão:
"Quem são aquelas pessoas?"

Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto!
-"Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons
anos da minha vida!"

A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...

Quando o nosso grupo estiver incompleto...
reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo.

E, entre lágrima abraçar-nos-emos.
Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes
daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a
sua vida isolada do passado.

E perder-nos-emos no tempo...
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não
deixes que a vida
passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de
grandes tempestades...

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem
morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem
todos os meus amigos!"

terça-feira, 25 de maio de 2010

Momentos


.
de momentos inspirados
que para outros não passam
de momentos bem pensados
eu diria bem cunhados...
que ninguém percebe
momentos
com sabor artificial
Amor não é só  carnal
os olhos comem sôfregos
insanos...e não procuram
a beleza de uma estrela
de Platão como ideal
Já tudo é  banal
dos que se tocam sem Amar
corpos-cavernas sem ternura
não são amor
são somatório bestial...
retirar dali para colocar ali
uns montes...tão ...montes!
uma praia... tão praia!
uma multidão...tão...sem nada...

By Jorge Pereira

Power of Love

Contigo aprendi

Que o amor pode ser bem precioso
Na minha vida tu entraste amoroso,
Ficaste muito tempo a minha espera
Aconcheguei-te ó meu amor, com a porta aberta.

Meu amargo caminhar ficou na estrada,
O peso do meu querer em ti fincou estaca,
Aprendi ser teu caminho teu rumo teu delírio,
Na tua vida ser a luz que ilumina o teu caminho.


Contigo aprendi a perder a noção das horas,
A deitar-me em teus pelos enamorada,
Acariciar as estrelas nos teus olhos,
Entregar-me com paixão e sem memória.

Contigo aprendi
A intensidade incomum das ilusões,
O segredo oculto da paixão,
Que o amor não tem razões
É estado de graça e dura a eternidade
De um minuto de paixão.

MÁRCIA ROCHA




Nua

Nua sente-me mais completa,
Dispo meu corpo para a vida,
Nua ele é leve como pluma,
Sinto-me em sintonia com a lua.

Minha nudez é brilhante e fresca,
Uma manhã inundada de alegria,
Por vezes de uma luz crepuscular
Mas, sempre recolhida e em paz.

Sinto-me vestida nos teus olhos
Eles me cobrem de beleza
Amam-me com pureza
Devoram-me como chama acesa.

Teu corpo me cobre por inteira,
Sou tua amante feiticeira,
Juntos se forma um poema
De uma beleza livre como a natureza.
Sou teu amor mais que perfeito
Tu és o homem com quem me deito.

Nua
(MÁRCIA ROCHA)

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Fotografia

Fotografia

GUITARRA

Toca-me

POEMA TOCA-ME INSTRUMENTO

Nina Simone

Sasha

Sasha

Júnior Lopes


Chet Baker
Jim Morrisson, John Lennon e John Coltrane. O talento e o legado artístico destes músicos ficou para sempre imortalizado nos seus trabalhos discográficos. Agora, os seus rostos e o de outras conhecidas personalidades foram também eternizados pela mão do artista plástico brasileiro Júnior Lopes. Utilizando retalhos dos mais diversos tecidos, Júnior confere novas cores e texturas a caras já tão familiares em todo o mundo.
Do caos nasceu a arte: algumas toalhas pretas e uma outra de flores brancas espalhadas no chão da casa do artista fizeram nascer o primeiro retrato. A junção acidental e desordenada de cores, materiais, padrões e volumes trouxe a imagem do mítico guitarrista Jimi Hendrix à mente de Júnior Lopes. A partir daí, muitas foram as célebres personalidades que "emprestaram" a sua imagem ao desenvolvimento da refrescante e inovadora técnica artística: Gandhi, Fernando Pessoa, Roberto Carlos, Andy Warhol, Adoniran Barbosa, Jim Morrisson, entre outros.
A Levi's viu no trabalho deste artista uma possibilidade única de promover os seus jeans da forma mais original e genuína, utilizando a sua própria ganga na produção dos retratos que fizeram parte do catálogo da marca em 2004. Nunca o propósito da promoção publicitária de uma marca tinha sido conseguido tão literalmente e, por isso, a campanha não passou despercebida: o prestigiado Festival Internacional de Cannes atribuiu-lhe um Leão de Ouro.

John Coltrane
Os recortes e colagens de Júnior Lopes dão forma ao imaginário coletivo de todo um planeta, mas ganham ao mesmo tempo uma identidade própria. Já não são apenas músicos, cantores, escritores e pintores que vivem naqueles retratos de pano; simbolicamente, os seus rostos são, por sua vez, um retrato de corpo inteiro de uma visão artística singular.
Júnior Lopes é também cartunista e caricaturista, sendo que as suas criações já preencheram as páginas de publicações como a SuperInteressante, a Rolling Stone e a Folha de São Paulo. Recentemente, a revista Gráfica, considerada uma das referências em design e artes gráficas no Brasil, dedicou a sua capa e várias páginas aos trabalhos feitos em diversos tecidos pelo artista residente em São Paulo.
A sua criatividade já foi exposta além-fronteiras, em Moçambique; o génio do artista é também apreciado na Alemanha, em Itália e em Cuba, países de onde já surgiram diversas propostas que Júnior Lopes está agora a estudar.

Jimi Hendrix

Roberto Carlos

Fernando Pessoa

Ella Fitzgerald

Andy Warhol

TRIBUTO A NINA SIMONE

NINA SIMONE





domingo, 23 de maio de 2010


Com obras nos principais museus de arte contemporânea do mundo, como o Metropolitan, o Whitney, o MoMA, de Nova York e o Reina Sofia, de Madrid, Vik Muniz, artista plástico brasileiro conhecido no mundo inteiro, consegue utilizar a fotografia como meio de representação de um diálogo com a História da Arte, que chega ao entendimento de todos pela simplicidade dos materiais que utiliza, quebrando a idéia de que arte é algo que só quem lida com ela entende.

Único filho de pai garçom e mãe telefonista, ainda adolescente mudou-se para os Estados Unidos onde passou cinco anos vivendo de subemprego, muitas vezes dormindo na rua. Trabalhando numa molduraria de Nova Iorque, passou a fazer quadros kitsch e produzir estranhas e incomuns esculturas que lhe abriram as portas do circuito de arte da cidade.

Serragem, açúcar, areia, papel de parede, jornais e lixo já foram usados em obras de arte por Picasso e Braque por volta de 1912 em Paris. Acrescentando novos elementos como algodão, chocolate, açúcar, arame, terra, barbante, especiarias, lixo, gel, mel, poeira e muitos outros, Vik Muniz, de uma maneira radicalmente criativa, produz obras que impressionam pela inovação e criatividade.

O trabalho mais barato de Vick Muniz custa 5 mil dólares, sendo que um conjunto de 14 painéis de sua autoria foi arrematado num leilão em Paris pela bagatela de 150 mil dólares. Sempre que vende um trabalho onde retrata problemas sociais ele doa parte da renda para instituições de crianças e adolescentes carentes.

- "Os pobres precisam de dinheiro. É preciso ajudá-los diretamente". – diz com a experiência de quem já passou necessidades.

Muniz fez uma exposição individual no University of South Florida Contemporary Art Museum, em Tampa, Flórida, atualmente denominada "Vik Muniz: Reflex". Esta exposição, organizada pelo Museu de Arte de Miami, esteve em exposição no Seattle Art Museum e no PS1 Contemporary Art Museum em Nova Iorque. Até Janeiro de 2008 a exposição esteve em exibição no Musée d'Art Contemporain em Montreal, Quebec (Canadá). Muniz também publicou um livro, "Reflex - A Vik Muniz Primer" (2005: Aperture Foundation, Nova Iorque), que contém uma compilação do seu trabalho e seus comentários sobre ele.

Seu trabalho também foi destaque no "The Hours-Visual Art of Contemporary Latin America" (2007), mostra apresentada no Museu de Arte Contemporânea de Sydney, New South Wales, Austrália. Depois de uma bem-sucedida temporada no MAM-RIO, batendo recorde de público com 48 mil visitas, a mostra "Vik" chega ao MASP, onde permanecerá até o dia 12 de Julho.

Nina Simone



De vez em quando passo uma tarde ou duas a procurar e a ouvir todas as interpretações que encontrar de certo tema. Ok, às vezes mais tempo. Não um tema qualquer. O tema que nesse momento é, por alguma razão, o que mais me apetece ouvir. O impulso é emocional, tem o seu quê de desespero e nada que ver com coleccionismo ou desejo de aprendizagem. Não interessa se a versão que primeiro conheci era ou não a original: é nessas alturas que, se ainda não sei, fico a saber onde e quando tudo começou. Se houver uma letra, é então que a memorizo. Não é sempre jazz, mas muitas vezes é.

O jazz é fértil em interpretações e reinterpretações, e os temas mais clássicos são os que mais frequentemente me prendem e originam as buscas por versões. Há um momento em que compreendo que, de tanto os ouvir, involuntariamente, porque estão em todo o lado, nunca fui eu que tomei a iniciativa e, como tal, nunca lhes prestei verdadeiramente atenção. Ou percebo que só conheço interpretações instrumentais e nunca ouvi o original que por acaso é cantado. Então paro tudo para me dar aos luxos do tempo e da intimidade.

No jazz tudo se repete e nada se repete. O tema original há-de ser sempre o mesmo, enquanto as reinterpretações que dele se fazem o confirmam. E desmentem. Se, depois de ouvidas cem versões e o tema original, se voltar às mesmas cem versões, estas serão diferentes e o tema original que se lhes seguir, que é o mesmo, será outro.

Procurar e ouvir versões é uma maneira simpática de perceber melhor quais os nossos músicos preferidos. Comecei a notar, por exemplo, que, quando procuro reinterpretações de canções muito românticas, estou sempre ansiosa por saber como é que Bobby Hutcherson fez, eu que ainda não tive o impulso de lhe ler e descobrir a discografia; mas há um som que é dele, um som seco de sacudir pó, de bater tapetes e de abrir portas, e fixei-o como se fixam os caminhos, sem me dar conta.

As buscas por versões são também uma boa forma de conhecer álbuns. Disse que quando descobri “The Cats”, de Coltrane, tinha estado a ouvir “Art ‘n’ Zoot”, mas não disse que descobri o “Art ‘n’ Zoot” enquanto procurava versões de ‘Over the rainbow’, busca que teve como maior consequência o reencontro com Coltrane e a subsequente recaída, depois da qual me achei agarrada a ‘Good Bait’, em “Soultrane”.

‘Good Bait’ é um tema de Count Basie e de Tadd Dameron que eu conhecia do álbum da Nina Simone “Jazz as played in an exclusive side street club” ou “Little Girl Blue”, de 1957 (claro), e que em Coltrane soa como nunca e como sempre.

No youtube não encontrei Coltrane, só Nina Simone. A versão do “Jazz as played…”., que é um dos meus álbuns preferidos. Gosto do som, gosto, gosto muito do som, mas também me comove ser o primeiro álbum de Nina Simone e ter sido logo tão bonito. E a capa tem aquela foto de Nina sentada num banco de jardim, em tons outonais, com um ar muito circunspecto, muito académico. E Nina tinha 24 ou 25 anos. Coisas que me fazem gostar ainda mais do álbum.

Dizem que Nina não era lá muito boa pianista e que a sua música não se pode considerar bem jazz. Quem? As más línguas, que bem se podem ir lixar e, pelo caminho, ser mordidas por teclas de piano.

Nina Simone era uma força da natureza.

Não precisa mudar


Não precisa mudar
Vou me adaptar ao seu jeito
Seus costumes, seus defeitos
Seu ciúme, suas caras
Pra que mudá-las?
Não precisa mudar
Vou saber fazer o seu jogo
Fazer tudo do seu gosto
Sem deixar nenhuma mágoa
Sem cobrar nada
Se eu sei que no final fica tudo bem
A gente se ajeita numa cama pequena
Te faço um poema e te cubro de amor
Então você adormece
Meu coração enobrece
E a gente sempre se esquece
De tudo o que passou...
Ivete Sangalo

sábado, 22 de maio de 2010

Woodstock



A 17 de Agosto último, há exatos 40 anos atrás, o “Woodstock Music & Art Fair”, o festival de música mais emblemático da história, chegava ao fim. A data trouxe dezenas de lançamentos em aúdio e vídeo, matérias especiais em todas as mídias, livros, filmes…o pacote completo. Eis o que aconteceu com os principais nomes que tocaram nesses míticos 3 dias. Quem eram na época e o que aconteceu após o evento.

Richie Havens
Chamado às pressas para abrir o festival diante dos atrasos (era a atração disponível com menor número de equipamento, um violão), Havens entrou para cantar 20 minutos e improvisou durante 3 horas. No fim, com “Motherless Child”, a palavra “freedom” foi incorporada no refrão, tornando-se posteriormente o nome da música e uma das marcas do festival.

Após Woodstock, Havens alcançou fama mundial, tendo o pico da carreira na década de 70. Decaiu nos anos 80 e 90, lançando apenas álbuns esporádicos. Seu último disco é “Nobody Left To Crown”, do ano passado.

Album Essencial: Mixed Bag (1967)



Ravi Shankar
Mentor de George Harrison, Shankar sempre foi muito mais do que um simples músico. Nascido em 1920, o indiano começou sua carreira nos anos 50 e permece na ativa até hoje. Sua cítara é uma das grandes responsáveis por levar a música indiana ao redor do mundo.

Album :I am Missing You 1968


Arlo Guthrie
Filho de Woody Guthrie, um dos nomes mais lendários da história do folk e largamente conhecido por ser uma das maiores influências de Bob Dylan, Arlo teve alguns hits na década de 60, incluindo “Coming Into Los Angeles”. De extensa carreira, foi referência na cena folk. Seu útimo lançamento é o ao vivo “In Times Like These”, de 2007.

Album essencial: Alice’s Restaurant (1967)



Santana
Ainda desconhecido na America, Santana teve um grande empurrão com o show incendiário que fez em Woodstock. Um dos pontos altos do festival, a carreira do mexicano firmou-se a partir dali. Com vários clássicos na década de 70, experimentou um longo declínio até explodir novamente no mix de “Supernatural”, de 1999, com vários convidados da música pop e o que levou a um novo público. O álbum vendeu simplesmente mais de 25 milhões de cópias, fazendo de Santana um dos maiores ídolos pop na época.

Album essencial: Abraxas (1970)


Janis Joplin
Uma das maiores estrelas do festival, Janis tocou em Woodstock com seu novo grupo na época, Kozmic Blues Band. Morreu um ano depois e tornou-se um dos maiores nomes da história do rock, mesmo com a brevíssima carreira.

Album essencial: Pearl (1971)


The Who
Sinônimo de rock, o The Who já era um ícone em Woodstock. Lançando a ópera rock “Tommy”, fizeram um dos melhores shows do festival. Continuam na ativa até hoje e o último álbum inédito é “Endless Wire”, de 2006.

Album essencial: Live At Leeds (1970)


Jefferson Airplane
Os primeiros da geração psicodélica de San Francisco a ganhar reconhecimento mundial. Muito dessa fama deve-se ao clássico “White Habbit”. Terminaram em 1973.

Album essencial: Surrealistic Pillow (1967)


Joe Cocker
Cocker é um dos que deve sua carreira a Woodstock. Sua versão de “With A Little Help From My Friends”, dos Beatles, foi a grande responsável por isto, sendo inclusive o nome do seu primeiro álbum. O britânico segue lançando discos. O último foi “Hymn For My Soul”, de 2007.

Album essencial: With A Little Help From My Friends (1969)


Jimi Hendrix
Hendrix era um dos maiores nomes do festival. Foi o responsável por encerrar Woodstock, na manhã de segunda feira, já com um público bem reduzido em comparação à média dos dois dias anteriores. Sua versão do hino dos EUA, “Star Splanged Banner”, foi o momento mais marcante. É uma lenda da guitarra, principalmente pelo modo peculiar como tocava sua Fender, o desenvolvimento do uso da alavanca e do wha-wha, os solos e riffs clássicos e por colocar os guitarristas no centro das bandas de rock. Morreu um ano depois, em Londres, sufocado pelo próprio vômito, provavelmente vítima de uma overdose de pílulas tranquilizantes.

Álbum essencial: Are You Experienced? (1967)


Fire - Jimi Hendrix and the Gypsy Sun and Rainbows