sexta-feira, 14 de maio de 2010

Gabriel Wickbold



Gabriel Wickbold é um jovem fotógrafo brasileiro com um portfólio invejável. Natural de São Paulo, é um autodidacta que nunca estudou fotografia especificamente, mas confessa sempre ter tido contacto com diferentes expressões artísticas, sendo a sua mãe uma artista plástica, e tendo já trabalhado com poesia e como produtor musical.

O fotógrafo de 25 anos formou-se em Rádio e TV na Faculdade de Comunicação e Marketing da FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado), o que desde cedo o colocou em contacto com a edição de vídeo, iluminação para televisão, direcção de actores e toda uma mistura de linguagens que lhe permitem agora compor o seu trabalho.

No que à fotografia diz respeito, tudo o que aprendeu foi através da leitura, testes por todo o Brasil, contacto com outros fotógrafos e um acumular de referências, culminando no desenvolvimento progressivo do seu modus operandi em estúdio e fora dele.

Empirista, a experimentação e a experiência são a sua motivação, e não tendo medo de tentar coisas novas, assume ser essa a sua busca constante. O trabalho de Gabriel é multifacetado, provocativo, evidenciando cores e detalhes, em imagens emocionantes e cativantes, o que lhe imprime uma identidade forte. A sua fotografia de eleição é o retrato, a base da sua obra é o Homem. Das encenadas e complexas fotografias de estúdio à simplicidade das fotografias de viagem, são as pessoas o denominador comum na criação de imagens que dizem mais do que mil palavras poderiam dizer.

'Sexual Color', o mais recente trabalho é, provavelmente, o expoente máximo da sua expressão artística. Nele se conjugam todos os elementos que tem vindo a preservar e a desenvolver com uma nova interpretação da individualidade.
Mantém-se a energia e a loucura q.b., a escolha de pessoas diferentes e exóticas recai sobre figuras públicas, e o factor de reinvenção de si próprio é a cor, o abuso desta, da luz e das texturas. Adriane Galisteu, Adriana Bombom, Didi Wagner e Fernanda Paes Leme são apenas algumas das personalidades que despiram a roupa, para depois cobrir a pele, sem adereços ou protecção, com camadas garridas de guache, tinta de aerógrafo, chocolate e maquilhagem, numa "releitura do sexo por meio das cores". Cor e nudez, simplesmente, fundem seios, lábios, cabelos... sob a luz pop, o orgânico confunde-se com o inorgânico, a beleza é redefinida, ao mesmo tempo que a caracterização esconde e despe, revelando novas formas e personagens.

>

Sem comentários: