segunda-feira, 21 de junho de 2010

(Fernanda Mello)

 

 

 

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Experimente gostar de mim.
Não sou fácil.
Não coleciono inimigos.
Quase nunca estou pra ninguém.
Mudo de humor conforme a lua.
Me irrito fácil.
Me desinteresso à toa.
Tenho o desassossego dentro da bolsa.
E um par de asas que nunca deixo.
Às vezes, quando é tarde da noite, eu viajo.
E - sem saber - busco respostas que não encontro aqui.
Ontem, eu perdi um sonho.
E acordei chorando, logo eu que adoro sorrir...
Mas não tem nada, não.
Bonito mesmo é essa coisa da vida:
um dia, quando menos se espera,
a gente se supera.
E chega mais perto de ser quem
- na verdade -
a gente é.
(Fernanda Mello)

 

 

Dreamer -- Emmerson Nogueira Depois de 1,2 milhão de discos vendidos, uma coisa é certa: ninguém faz uma versão acústica como Emmerson Nogueira. Um dos maiores fenômenos da indústria fonográfica brasileira na década, esse mineiro de São João Nepomuceno firmou uma assinatura, reconhecível em qualquer uma das recriações de hits do pop internacional que vem fazendo desde 2001. Nos últimos anos, não foram poucos os que se deixaram pegar de surpresa pela audição de "Kayleigh" (Marillion), "Forever Young" (Alphaville) ou de "Give a Little Bit" (Supertramp) para depois perguntar: quem é esse cara que está fazendo isso? Agora, para a felicidade de quem o conhece -- ea surpresa de quem não o conhecia (ou achava que conhecia) --, Emmerson vem com Dreamer, seu oitavo álbum e um passo adiante numa carreira que sempre driblou toda obviedade que apareceu pelo caminho. Com a mesma voz encorpada eo mesmo violão de sotaque folk com o qual se acostumou a extrair novos sabores de guloseimas radiofônicas bem conhecidas, o artista agora traça novos rumos. E mais: munido da mesma confiança com que embarcou nos três volumes do Versão Acústica, nos dois discos ao vivo e nos álbuns dedicados ao Clube da Esquina (Milton, Minas e Mais) e aos Beatles. Por um lado, o título Dreamer faz alusão à canção de mesmo nome, que esse fissurado por Supertramp escolheu para reler no novo trabalho -- e quem se dispuser a cotejá-la com a original, do LP Crime of The Century, de 1974, vai encontrar uma música ...

quarta-feira, 16 de junho de 2010

O sindoor

08030501_blog_uncovering_org_india Presente nos principais momentos da vida religiosa, pessoal e pública dos indianos, o vermelho representa a celebração, alegria, boa sorte e paixão. Neste último aspecto, temos a cor firmemente marcada nas cerimônias de casamento. É ali que reina soberano o vermelho; nas mãos e pés, as tatuagens coloridas de hena enfeitam as noivas com desenhos, seda usada na ocasião é vermelha, geralmente bordada com desenhos arrematados por fios dourados, o fogo - centro do ritual das bodas - é atiçado com produtos que o faz reluzir vermelho. Por fim, o sindoor, pó escarlate que simboliza a bênção e a prosperidade no casamento vai no penteado da noiva. Se o casamento e o sexo ocupam lugar de destaque na cultura hindi, nada mais revelador.

Outro pó vermelho é o gulaal, usado no Festival Holi, o carnaval de rua indiano; é um talco feito de pó de sândalo e corantes extraídos de pétalas de rosas. Ele é jogado nas pessoas como o confete no carnaval do Brasil. É com corantes semelhantes a esses que são feitos os rangoli, desenhos feitos no chão para enfeitar as casas e praças.

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Há ainda a conotação religiosa: o vermelho é a cor da veneração a deusa Durga que representa o feminino sagrado. A cor aparece nas oferendas feitas a ela, bem como aparece numa oferenda da natureza aos nossos olhos; no verão, as cores se tornam rubras ao redor das montanhas.

No maior estado da Índia, o Rajastão, turbantes, véus e saias vão do rosa ao vermelho, as jóias são predominantemente feitas de rubi. Vê-se o arenito vermelho nas fachadas das casas, influência herdada da arquitetura mongol.

As pimentas, os xales, as flores, as cerejas, as maças de Kulu, tudo ao redor parece apontar a Índia para essa cor que habita o imaginário tradicional e faz surgir conjuntos concretos impossíveis de serem descritos. Assim sendo, melhor deixar que as imagens falem e deslumbrem com a completa tomada de beleza vermelha que permeia todos os cantos do país.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Fiona Apple



Eu fui uma menina má muito má
Fui descuidada com um homem delicado
E é um mundo triste
Quando uma menina queba um menino
Só porque pode
Não me diga para negar isso
Eu fiz errado e quero
Sofrer por meus pecados
Eu vim para si porque eu preciso
Orientação para a verdade
E eu só não sei como posso começar

O que eu preciso é uma boa defesa
Porque eu estou me sentindo como uma criminosa
E eu preciso me resgatar
Por o que fiz e que pequei
Porque ele é tudo que eu sempre soube do amor

Céu ajuda para deste minha maneira de ser
Salve-me dessas maldades
Antes de eu as fazer
Eu sei que o amanhã traz a conseqüências
À mão
Mas eu continuo vivendo esse dia como se
O próximo nunca virá

Oh ajude-me, mas não me diga
Negá-lo
Eu tenho que me limpar
De todas essas mentiras até que eu sou boa
Suficiente para que ele
Eu tenho muito a perder e eu estou
Bettin 'alta
Então, eu estou implorando-lhe antes de terminar
Apenas me diga por onde começar

O que eu preciso é uma boa defesa
Porque eu estou me sentindo como uma criminosa
E eu preciso me resgatar
Por o que fiz e que pequei
Porque ele é tudo que eu sempre soube do amor

Deixe-me saber o bom caminho
Antes que o do inferno para pagar
Dá-me espaço para colocar a lei e me deixe ir
Eu tenho que fazer um jogo
Para fazer meu amante ficar
Então o que dizer de um anjo
O diabo quer saber

O que eu preciso é uma boa defesa
Porque eu estou me sentindo como um criminosa
E eu preciso me resgatar
Por o que fiz e que pequei
Porque ele é tudo que eu sempre soube do amor

O que eu preciso é uma boa defesa
Porque eu estou me sentindo como um criminosa
E eu preciso me resgatar
Por o que fiz e que pequei

Porque ele é tudo que eu sempre soube do amor

 

 

 

Tudo boa gente, mas com alguns problemas com a lei.

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Bill Gates

Toda a gente sabe que Paris Hilton já esteve na prisão e até quis levar o seu animal de estimação: não é que seja uma serial killer, mas beber e conduzir depressa demais dá direito a cadeia. Isso ou a necessidade de protagonismo. No entanto, existem personalidades públicas bem mais insuspeitas que por lá estiveram, nem que seja por uma noite. E outras de que já estávamos mesmo à espera que lá fossem parar.

Bill Gates, o nerd mais milionário do mundo, já passou a noite entre as grades e existem provas disso. Se fosse o Steve Jobs ou o Mark Zuckerberg o espanto não era tanto... mas o Bill Gates?! É verdade. Tinha apenas 22 anos e foi apanhado no trânsito em Albuquerque

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(Novo México). E há mais: David Bowie, Jimi Hendrix, Jim Morrison, Kurt Cobain, Axl Rose, Kid Rock, Marilyn Manson, 50 Cent, Jay-Z - os badboys do costume têm todos cadastro.

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Há também os históricos. Johnny Cash mantém sempre o seu estilo, mesmo com uma placa numerada ao colo numa fotografia tirada por um polícia. Acontece que foi apanhado no aeroporto de El Paso com centenas de comprimidos e tranquilizantes na bagagem. Declarou-se culpado, acabou por pagar uma multa e ter uma pena suspensa de 30 dias. Não tivesse escrito a música "Folsom Prison Blues" dez anos antes, este seria um pretexto para a criar.

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Mais recentemente, Jack White (The White Stripes) foi parar à esquadra por agressão, John Mayer por conduzir sem licença, e Nick Carter e Gus Van Sant por conduzirem alcoolizados. E, imaginem, Hugh Grant foi apanhado em pleno acto com uma prostituta pela polícia de Hollywood. Lá se foi a magia de Notting Hill…

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Não sendo de estranhar que o sexo masculino lidere o ranking de delitos de gente famosa, os elementos do sexo feminino não lhe escapam. Tal como Paris Hilton, a sua amiga Nicole Richie já foi apanhada duas vezes pelos membros da autoridade. Jane Fonda agrediu um polícia, Janis Joplin foi acusada de comportamentos desordeiros, e Lindsay Lohan conduziu sob efeito de narcóticos (suspeitamos que está para vir outra visita à cadeia).

Tudo boa gente, mas com alguns problemas com a lei.

Pessoas famosas na prisão... por ótimos motivos

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Pessoas famosas na prisão... por ótimos motivos

Nem todos as pessoas que se encontram na prisão são desordeiros crónicos: há também rebeldes com causa que foram confundidos com bad boys pelos seus contemporâneos. De Nelson Mandela a Rosa Parks.

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Rosa Parks cometeu um delito indesculpável na sua época: a 1 de Dezembro de 1955 recusou-se a obedecer a um motorista de autocarro, sentando-se nos lugares destinados aos brancos. O resultado foi terem-na levado para a esquadra para dormir na prisão. Mas houve uma consequência maior: a partir do seu gesto de coragem, gerou-se o boicote dos autocarros de Montgomery, ponto de partida para a luta pelos direitos civis dos negros nos EUA, nos anos 60.

Parks não foi, no entanto, a única pessoa a dormir atrás das grades por causa dos direitos civis. Martin Luther King foi condenado a quatro meses de prisão 5 anos depois, numa manifestação pacífica pela mesma causa. Foi, contudo, libertado pela intervenção do futuro presidente John F. Kennedy.

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Noutro continente, a mesma causa: Lutando contra o Apartheid desde os anos 50, Nelson Mandela já tinha sido acusado de traição em 1956. Mas foi a 5 de Agosto de 1962 que foi levado pelas autoridades, depois de ter sido descoberta a sua resistência ao governo pela destruição de propriedades públicas. Só foi libertado em 1990 depois do presidente sul-africano P. W. Botha ter morrido, vítima de um ataque cardíaco. Ganhou o Prémio Nobel da Paz em 1993.

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E por fim, Mahatma Ghandi. O símbolo da luta pelos direitos civis dos indianos, na luta pela independência do Império Britânico também não escapou à polícia. Em 1922, quando tinha 47 anos, Ghandi foi preso pelos britânicos, que o acusaram de conspiração e de tentar derrubar o Governo. Ele declara-se culpado e é condenado a 6 anos, mas foi libertado dois anos depois por problemas de saúde.

domingo, 13 de junho de 2010

 

Não eram meus os olhos que te olharam
Nem este corpo exausto que despi
Nem os lábios sedentos que poisaram
No mais secreto do que existe em ti.
Não eram meus os dedos que tocaram
Tua falsa beleza, em que não vi
Mais que os vícios que um dia me geraram
E me perseguem desde que nasci.
Não fui eu que te quis. E não sou eu
Que hoje te aspiro e embalo e gemo e canto,
Possesso desta raiva que me deu
A grande solidão que de ti espero.
A voz com que te chamo é o desencanto
E o espermen que te dou, o desespero.
José Carlos Ary dos Santos

Não eram meus os olhos que te olharam
Nem este corpo exausto que despi
Nem os lábios sedentos que poisaram
No mais secreto do que existe em ti.

Não eram meus os dedos que tocaram
Tua falsa beleza, em que não vi
Mais que os vícios que um dia me geraram
E me perseguem desde que nasci.

Não fui eu que te quis. E não sou eu
Que hoje te aspiro e embalo e gemo e canto,
Possesso desta raiva que me deu

A grande solidão que de ti espero.
A voz com que te chamo é o desencanto
E o espermen que te dou, o desespero.

José Carlos Ary dos Santos

O MOMENTO DO AMOR
Vivo pela vida e pelo amor,
Pois é ele o melhor dos sentimentos,
Embora possa trazer-nos sofrimentos
Ainda é o de maior valor.
O amor é o reflexo do estado
Na qual se encontra a nossa alma,
Pode estar em ebulição ou em calma,
Como todo ser apaixonado.
Uma alma em ebulição,
Pode conceder um amor mais quente,
Abraça tudo não se faz de irreverente,
E apela logo para a paixão.
Mas, quando a calma prevalece,
Então o amor fica mais lindo e gracioso,
A calmaria deixa-o leve, doce e delicioso,
E faz-nos coisas que não se esquece.
Porém, seja lá qual for,
O grau em que está seu envolvimento,
Aproveite e viva bem este momento,
Tão fascinante, do seu amor.
Marco Orsi