Leonard Cohen, Prêmio Príncipe de Astúrias das Letras    
    
    

01 de junio de 2011, 11:36Madrid, 1 jun (Prensa Latina) O cantor e poeta canadense Leonard Cohen foi distinguido hoje com o Prêmio Príncipe de Astúrias das Letras, anunciou a fundação que leva o nome do herdeiro da coroa espanhola e criador do galardão.    
  Cohen (Montreal, 1934) tem criado um imaginário sentimental no que a poesia e a música se fundem em um valor sem mudanças, destacou o júri em sua falha, emitido na cidade de Oviedo.     
O passo do tempo, as relações amorosas, a tradição mística de Oriente e Occidente, e a vida contada como uma balada interminável, configuram uma obra identificada com uns momentos de mudança decisivo no final do século XX e princípios do XXI, acrescentou.     
Mais conhecido por sua faceta musical, pela que também aspirou em este ano ao Príncipe de Astúrias das Artes (concedido ao italiano Riccardo Muti), Cohen é autor de obras em verso e em prosa, trabalho que tem influído em três gerações de todo mundo, reconheceu o júri.     
Considerado um dos autores mais influentes de nosso tempo, seus poemas e canções têm explorado com profundidade e beleza as grandes questões do ser humano, sustentou a Fundação Príncipe de Astúrias.     
Entre suas obras destacam livros de poemas como Flores para Hitler, Os formosos vencidos e Comparemos mitologias, bem como o romance O jogo favorito.     
Suzanne, de 1968, é o sucesso maior de Cohen e a primeira canção de seu primeiro álbum, Songs of Leonard Cohen.     
Carregada de profundidade literária, com ela o cantor chegava à música depois de ter publicado romances e poesias.     
Em dezembro último, o canadense finalizou apresentações em diferentes lugares do mundo por dois anos que o levou por mais de 200 palcos, entre eles os espanhóis.     
Sua grande influência sobre outros grandes artistas viu-se na multidão de versões de seus temas, como no disco Tower of song (1995) para o que cantores como Billy Joel, Sting, Elton John, Willie Nelson e Bono gravaram suas canções.     
Cohen, que entre os numerosos reconhecimentos recebidos destaca o Prêmio Glenn Gould em 2011, considerado o Nobel das Artes, publicou seu último trabalho no passado ano, Songs from the road, um coleção de seus temas mais emblemáticos.     
Das 32 candidaturas procedentes de 25 países apresentadas a esta XXXI edição, foram finalistas junto a Cohen a também canadense Alice Munro e o romancista inglês Ian McEwan.     
O das Letras, que no 2010 foi para o escritor libanês Amin Maalouf, é o quinto dos oito prêmios Príncipe de Astúrias da presente edição, dotados com 50 mil euros a cada um e a reprodução de uma escultura de Joan Miró.     
Este galardão, a entregar-se em outubro em Oviedo, reconhece às pessoas cujo labor criadora ou de investigação represente uma contribuição relevante à cultura universal nos campos da literatura ou da linguística.
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